Best Cars Web Site

Dois anos depois, o famoso construtor americano de carros de corrida Briggs Cunningham (falecido em julho de 2003 aos 96 anos) testava o segundo protótipo, o E2A, nas pistas americanas com motores diversos.

Linhas sedutoras   No Salão de Genebra, na Suíça, em março de 1961 os visitantes podiam admirar o grande lançamento da casa de Coventry. Nascia o Jaguar E-Type. Chamou muita atenção do público e da imprensa, sendo muito elogiado pelas belas linhas. Era bonito de qualquer ângulo. A carroceria – um semi-monobloco, pois tinha um pequeno chassi tubular na dianteira – exibia formas arredondadas e imponentes. Parecia grande, mas era só impressão: media 4,45 metros de comprimento e apenas 1,22 m de altura.

O cupê tinha ótima área envidraçada, coisa rara num esportivo. Sua frente era muito grande, com um amplo domo longitudinal no capô que chamava a atenção. Ao lado desta, duas entradas de ar com aletas horizontais. A grade estreita, herdada do D-type, tinha formato oblongo e os faróis circulares eram carenados para reduzir a resistência aerodinâmica, que tinha o coeficiente (Cx) de 0,44 na versão cupê.

O grande capô, que parecia respirar, fazia uma só peça com os pára-lamas e tinha abertura contra o vento. E, ao abri-lo, sua exuberância ficava à mostra. Havia também a versão conversível, que recebia capota de lona ou uma rígida, tornando-o um bonito cupê de dois lugares. No meio do pára-brisa havia uma pequena vareta metálica para ajudar na sustentação deste. Um charme à parte. Eram chamados de OTS (Open Two Seater, dois-lugares aberto) e FHC (Fixed Head Coupe, cupê de teto fixo).  Continua

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Clique para ampliar a imagem

Longo capô, cabine recuada, formas curvas e abertura lateral da tampa do porta-malas: o E-type surpreendeu ao ser lançado no Salão de Genebra de 1961

Nas pistas
A partir dos testes do modelo EA2, vários pilotos independentes ficaram interessados em competir com o E-type em ralis e em circuito. E um deles foi o famoso Dan Gurney, que fazia dupla com Roy Salvadori. A estréia se deu em Oulton Park, na categoria GT, prestigiada e competitiva. A Ferrari dominava, mas quem ganhou esta prova foi o também famoso Graham Hill; a dupla Gurney/Salvadori ficou em terceiro. Fizeram tremer a concorrência.

Em 1962, com um E-type muito próximo ao de série, Salvadori e Cunningham conseguiram o quarto lugar na classificação geral em Le Mans. Um ano depois, já evoluído, o modelo era chamado de Lightweight (peso-leve). Ninguém sabe ao certo quantos foram construídos, mas é certo que não passaram de 14. São raros e valem muito no mercado de antigos.

O Lightweight (acima) era bem próximo dos originais externamente – e ficava mais intimidador sem os pára-choques, rebaixado e com pneus dianteiros 6,00-15 e traseiros 6,50-15, da Dunlop. Detalhe que chamava atenção era que o capô (que sem os pára-choques parecia ainda maior) possuía fixação de segurança por correia de couro na parte inferior do chassi. Charme como nos anos 1930. Era definitivamente um carro de briga.

O primeiro a correr foi um modelo com carroceria e motor em alumínio. Pela equipe de Cunningham, classificou-se em nono lugar na Le Mans de 1963. O motor tinha 3,8 litros e 310 cv a 6.500 rpm, com torque de 40 m.kgf a 4.000 rpm. Era alimentado por injeção direta Lucas, usava caixa de cinco marchas ZF e a velocidade máxima impressionava: 280 km/h. Pesava 1.050 kg.

Em Silverstone, Graham Hill chegou em primeiro e Salvadori em segundo, ambos com o Lightweight. O segundo carro foi para um importador californiano de San Francisco, competiu em Sebring e ficou em sétimo. Seus concorrentes mais fortes eram o Ford Cobra, os Corvettes especiais, o Cheetah (com motor Chevrolet e fortes inspirações na carroceria do Jaguar) e os Ferraris 250 GTO e Berlinetta.

O maior trunfo do Lightweight foi vencer o campeonato australiano de GT em 1963. Era muito próximo ao carro de série e por isso não tinha tanto gabarito para enfrentar o Ferrari 250 GTO, que em 1964 dominava as corridas na categoria GT.

Também interessante era o modelo Low-Drag (na foto uma miniatura). Desenhado por Frank Costin, suas linhas eram mais curvas e bem imponentes, com a traseira um pouco arrebitada. E era mais potente: 344 cv.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade