A estréia do Falcon em competições deu-se na segunda metade da
década de 1960. Depois de correr na famosa prova 1.000 Quilômetros
de Bathurst — iniciada em 1963 com metade dessa distância total —,
em 1968 ele brilhava na Maratona London-Sydney, da Inglaterra à
Austrália, ficando em 3º, 5º e 8º lugares, à frente de carros bem
mais famosos nas pistas. O êxito estimulou as vendas das versões
esportivas de rua, ao melhor estilo win on Sunday, sell on
Monday (vença no domingo, venda na segunda-feira).
O Falcon saiu-se bem também em competições de carros de turismo na
Austrália. Durante as últimas décadas ele tem-se digladiado com os
grandes sedãs da Holden, mas em desvantagem: até 2005, a
subsidiária da GM acumulou 25 títulos, e a Ford, 14, incluindo os
modelos Falcon, Cortina e
Sierra RS 500.
O piloto australiano Allan Moffat é uma das lendas que levaram o
nome Falcon ao pódio várias vezes em Bathurst. Correndo pela Ford
desde o final dos anos 60, ele venceu três vezes, em 1970, 1971 e
1973, e ganhou o Campeonato Australiano de Carros de Turismo nesse
último ano. Depois que a Ford saiu oficialmente das competições,
Moffat ainda levou dois títulos do campeonato, em 1976 e 1977 —
ano em que formou, com Colin Bond, uma dobradinha inesquecível de
sua equipe em Bathurst com os Falcons da série XC. |

Na foto, Moffat com o Falcon Cobra na edição de 1978 da prova de
Bathurst.
O modelo da Ford e o Commodore têm travado boas disputas no
campeonato V8 Supercar Australia, herdeiro do Turismo australiano:
desde seu surgimento, em 1993, a Holden acumula sete campeonatos,
e a Ford, seis. Formado apenas pelos dois sedãs, usa motores V8 de
5,0 litros e mais de 600 cv, fornecidos pelas fábricas dos EUA, e
estabelece peso mínimo de 1.355 kg sem o piloto. Ao contrário da
Nascar americana ou do
DTM alemão, os carros são mesmo
derivados dos modelos de rua, não meros chassis tubulares com
carrocerias inspiradas neles. O que, sem dúvida, ajuda a vender as
versões esportivas. |