A evolução seguinte do Falcon, a XT de 1968, trazia ligeiras mudanças de aparência, câmbio todo sincronizado, duplo circuito de freios e duas opções de caixa automática. Com a estréia do modelo em competições, a Ford percebia o crescente interesse do público por versões de alto desempenho. O GT agora usava o motor V8 de 302 pol³ (4,95 litros), o mesmo que veríamos no Maverick e no Landau brasileiros anos depois, só que com carburador quádruplo, 230 cv e 43 m.kgf. Fazia de 0 a 100 em 8,5 segundos e chegava a 200 km/h. Quatro faróis, rodas de 6 pol de tala, amortecedores mais firmes, diferencial autobloqueante e a opção de câmbio automático de três marchas eram outras novidades da versão, que então oferecia um leque de cores no lugar da única dourada de 1967.

Na série XT, de 1968, mudavam detalhes de estilo, freios e câmbio; o GT passava a usar o motor V8 302, com carburador quádruplo e 230 cv

Na geração XW, em 1969, as lanternas traseiras circulares davam lugar a retangulares. O GT ganhava o motor V8 conhecido como Windsor (seu local de produção no Canadá) de 351 pol³ ou 5,8 litros, com carburador quádruplo, que gerava 290 cv e 53 m.kgf. Era uma exclusividade australiana, pois o Falcon americano nunca dispôs de mais de 302 pol³. Pneus ER70 H 14 e freios a disco ventilado na dianteira faziam parte do pacote, que teve apenas 250 unidades fabricadas. Bastavam 6,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h e a máxima chegava a 215 km/h.

De fora havia vários elementos de identificação, como pinos-trava no capô, retrovisor aerodinâmico e duas saídas de escapamento, uma em cada lado. Além da versão GT, lançada em junho daquele ano, havia a GT-HO Phase I, em agosto. HO não significava High Output (alto rendimento), como é comum, e sim Handling Option, ou opção de (melhor) estabilidade. Embora ganhasse 10 cv, a ênfase estava na suspensão, com novos amortecedores, molas e estabilizadores. Com um grande defletor dianteiro, destinava-se à homologação do carro para corridas.

O GT-HO Phase II de 1970 era um pacote de suspensão esportiva, mas o motor de 5,8 litros desenvolvia 300 cv, que subiriam em 70 cv no ano seguinte

Na série seguinte, a XY de 1970, a Ford melhorava os bancos e o conforto da suspensão, mudava a grade e as lanternas traseiras. O propulsor do GT-HO Phase II passava a ser o Cleveland (referência ao local de fabricação nos EUA) de mesma cilindrada, agora com produção local, 300 cv e o mesmo torque. Inédito era o shaker hood, uma tomada de ar central que atravessava o capô e se ligava ao filtro de ar, portanto vibrava junto do motor. A potência subia bastante um ano depois, no GT-HO Phase III, que entregava 370 cv e chegava a 230 km/h. A produção desse verdadeiro "musculoso" era limitada a 300 unidades. Continua

Em outros mercados
À parte a Argentina, que manteve o modelo de 1960 em produção até o começo dos anos 90 com incontáveis retoques estéticos, o Falcon tem sido quase uma exclusividade da região da Ásia-Pacífico. Além da Austrália, é vendido na Nova Zelândia e em ilhas daquele oceano como Papua Nova Guiné e Fiji. O único país fora da região onde também a Ford vendeu um volume expressivo de Falcons — entre 1996 e 2003 — é a África do Sul, aproveitando o volante à direita e o gosto local por modelos grandes e robustos. Alguns chegaram ao Reino Unido, mas apenas em aplicações especiais como limusines e carros funerários, mercados em que a Ford perdeu representação desde que tirou de linha o Scorpio.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade