Dois anos depois a grade, em forma oval, reaparecia no Falcon EL, que
também ganhava uma versão GT especial, a 30th Anniversary.
Curiosamente, essa edição esportiva baseava-se no Fairmont Ghia e não
no Falcon XR8, como seria natural. Por dentro da roupagem até
exagerada, que mereceu o apelido de "Darth Vader sobre rodas", havia
um interior bem-equipado e luxuoso: acabamento em couro, apliques que
simulavam madeira, computador de bordo, ar-condicionado automático. Se
o motor V8 5,0 de 268 cv não impressionava, cabiam elogios aos freios,
os mesmos do Mustang Cobra da época, e ao câmbio automático opcional
com operação manual seqüencial. Como no GT de 25 anos, apenas 250
foram produzidos — e vendidos rápido. Em 1997 surgia a última série de
furgões, a XH, com base no sedã EF. Os picapes, porém, continuariam em
evolução.
Suspensão independente
A nova geração do Falcon, AU, chegava em 1998 em um momento oportuno:
a Holden havia lançado no ano anterior o Commodore série VT (o mesmo
que chegava ao Brasil como Omega), bem mais moderno. Embora adotasse o
New Edge Design, o padrão de estilo da Ford com arestas e curvas em
contraste, o resultado não era tão feliz quanto em alguns modelos
europeus da marca, talvez pelas dimensões e o ar mais tradicional do
sedã australiano. Mas o público elogiava o comportamento da suspensão
traseira independente com braços sobrepostos, bem melhor que com o
arcaico eixo rígido, e a caixa automática de série. O
coeficiente aerodinâmico (Cx) baixava
de 0,33 para 0,295, havia controle de tração e alguns dos motores
ganhavam variador de fase no comando
de válvulas.
Continua
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