Em 1957 o sedã recebia lanternas traseiras e luzes de direção maiores e a opção de pintura em dois tons; um ano depois, os faróis é que ficavam mais amplos. Mas a maior alteração foi a chegada do 600 D, no Salão de Paris de 1960, depois de quase um milhão de unidades produzidas. Os vidros das portas ganhavam quebra-ventos, a tampa do motor tinha novas saídas de ar e as luzes de direção, antes no topo dos pára-lamas dianteiros, vinham abaixo dos faróis e também nas laterais.

O amplo teto solar de lona era bem-vindo para curtir o sol quando ele aparecia; um motor de 767 cm3 deixava-o mais ágil com a chegada da versão 600 D, em 1960

Com cilindrada ampliada para 767 cm³, mediante diâmetro e curso maiores, o motor passava a 29 cv e 5,5 m.kgf. A velocidade máxima chegava a bons 110 km/h e continuava muito econômico. As mesmas novidades técnicas eram aplicadas à Multipla, que andava um pouco menos, porém — 105 km/h. A evolução em desempenho chegava em um momento próspero para os italianos, quando 50% já tinham televisor, 58% uma geladeira e 25% máquina de lavar. As vendas de automóveis em janeiro de 1960 haviam sido 54% maiores que no mesmo mês do ano anterior.

Ainda não foi daquela vez que as portas assumiram articulação dianteira, o que viria em 1964, impulsionado por nova norma de segurança na Itália. Como na minivan essa alteração não era possível, ela deixava o mercado em 1966. As últimas mudanças do 600 apareciam em 1965, com novos faróis e tanque de combustível de maior capacidade.

As portas com abertura para frente, comuns hoje, tornavam-se obrigatórias na Itália e estreavam no 600 em 1964; a Multipla não podia tê-las e teve de ser descontinuada

No entanto, aos 10 anos o carrinho estava envelhecendo — e surgia aquele que seria seu sucessor, o 850, com uma família bem maior e, claro, uma minivan. Em 18 de maio de 1969 o 600 despedia-se do mercado, com um respeitável total de 2,6 milhões de unidades, mas permanecia vivo em outros países (leia boxe). O pequeno sedã e a inovadora Multipla marcaram de tal forma os italianos que a Fiat não hesitou em reaproveitar ambas as denominações na década de 1990. Só que o novo 600 — o logotipo é Seicento, como se pronuncia por lá —, com suas linhas retas, e a Multipla moderna, com um estilo dos mais estranhos, estão longe do carisma de seus antepassados. Continua

Para ler

Fiat 600 & Multipla (Le Vetture Che Hanno Fatto La Storia) - por Giancenzo Madaro, editora Giorgio Nada Editore. O livro de 1991, em italiano, contempla o desenvolvimento e a produção dos dois modelos, incluindo os especiais. A maior parte das 124 fotos, no entanto, é em preto e branco.

Abarth 850TC e 1000 - por Aligio e Elvio Deganello, Giorgio Nada Editore. As versões "quentes" elaboradas pelo preparador são o tema desta obra, que tem mais de 200 fotos e texto em italiano. Publicado em 2001.

Fiat & Abarth 500 & 600 & Seicento - por Malcom Bobbit, editora Veloce Publishing. Publicado em 2004, em inglês, traz muita informação sobre o projeto, a evolução, versões esportivas e as produzidas fora da Itália. Tem 192 páginas e inclui o Seicento moderno, ausente da edição de 1998.

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