Em 1967, outra mudança: vinco descendente nas laterais, grade e faróis inclinados

A linha 1970 marcava importante mudança visual, com um ressalto no capô que começava na grade — enorme, imponente — e abria-se para encontrar os vincos da linha de cintura. Os quatro faróis estavam na horizontal, em posição mais recuada, não mais nas extremidades dos pára-lamas. Curiosamente, as modificações efetuadas nesse ano pela Cadillac correspondem com exatidão às feitas pela Ford brasileira na linha Galaxie/Landau em 1976.

O Fleetwood estava renovado não só por fora, mas também sob o capô: agora tinha 500 pol³ (8,2 litros, obtidos com diâmetro e curso iguais de 109,2 mm), a maior cilindrada já vista em um V8 em automóvel de série no mundo, e desenvolvia 400 cv e um torque colossal de 76 m.kgf. Em pouco tempo esse motor se estenderia a todos os Cadillacs de grande porte, mas com menor potência (365 cv) em 1971 em função da taxa de compressão reduzida, necessária para usar gasolina sem chumbo como o governo exigia.

Os faróis recuados e em linha horizontal destacavam-se na frente do Fleetwood 1970, cujo motor era o maior em um V8 americano: 500 pol3 ou 8,2 litros

Com a entrada em vigor da medição líquida de potência e torque, em 1972, esse valor despencava para 235 cv, uma redução apenas nominal que não afetava o desempenho. A aparência já era outra nesse ano, com linhas um pouco arredondadas, grade mais baixa e os faróis de cada lado afastados (com as luzes de posição no centro de cada conjunto), detalhe abandonado após dois anos. O estilo hardtop sem coluna central foi mantido no Brougham até 1973, mas no ano subseqüente vinham a coluna e as chamadas janelas Opera, pequenas e verticais, montadas atrás das portas.

Já o sedã Fleetwood de quatro portas permanecia sem coluna e, para 1975, recebia quatro faróis retangulares. O capô continuava com o ressalto ligando a grade às laterais, mas o vinco na linha de cintura estava discreto. A série 75  era o mais longo Cadillac da época, com 5,93 m de comprimento e peso de 2.370 kg. Refinamentos de todo tipo eram oferecidos: teto solar panorâmico, iluminação do cilindro da fechadura ao se puxar a maçaneta externa, espelho de cortesia no pára-sol do passageiro também iluminado, acionamento automático dos faróis por sensor de luminosidade, autonivelamento da suspensão conforme a carga transportada.
Continua

A série 75 de 1976: faróis retangulares, quase seis metros e muitos itens de conforto
Os especiais
Embora a própria Cadillac tenha oferecido por décadas o Fleetwood limusine, muitas empresas especializadas fizeram suas versões para necessidades especificas de espaço, com seis portas, enorme entreeixos, bancos adicionais e todo tipo de equipamento que o cliente pudesse solicitar. Foi o caso das firmas Crystal (acima à esquerda), Eureka Coach, Hess & Eisenhardt e Moloney (acima). O modelo foi também transformado para carro funerário por diversas empresas, como Miller-Meteor e a mesma Hess & Eisenhardt, que aproveitavam suas linhas imponentes e as grandes dimensões (ao lado um modelo 1977 da Hess).

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