Motores menores   Por ocasião da nova geração de 1977, a Cadillac unificava muitos componentes do DeVille e do Fleetwood, que pelos sete anos seguintes seriam carros bem semelhantes. O Brougham vinha como cupê ou sedã de quatro portas, com entreeixos de 3,08 metros, usando a versão curta da chamada plataforma D da GM. O outro Fleeetwood era uma limusine com a plataforma D em versão longa, comprimento de 6,20 m e entreeixos de 3,67 m. A tração traseira era usada nas duas linhas. O estilo sem inspiração era típico desse período que os americanos querem esquecer.

O Fleetwood Brougham do fim dos anos 70: linhas sem inspiração e até motor a diesel

Também comum a ambas, o novo motor L33 era um V8 de 425 pol³ (7,0 litros) e 180 cv, obtido a partir do tradicional 472, com menor diâmetro dos cilindros e peso 45 kg menor. A redução de cilindrada era uma necessidade diante das crescentes exigências de menor consumo (havia entrado em vigor em 1975 o CAFE, limite estabelecido pelo governo federal) e menores emissões poluentes. Uma versão com injeção monoponto e 195 cv era oferecida pouco depois como opcional.

A necessidade de economizar combustível, desde que a primeira crise do petróleo foi deflagrada em 1973, levava a GM a medidas um tanto questionáveis. O Brougham recebia em 1978 a opção do V8 de 5,7 litros a diesel da Oldsmobile, de apenas 105 cv, que lidava com um peso de 1.810 kg. O desempenho medíocre desse motor é ainda hoje apontado como um dos responsáveis pela baixa aceitação de automóveis a diesel nos EUA.

O novo desenho para 1980 trazia o cupê Brougham, com meio-teto de vinil; no modelo básico, um motor V6 de 4,1 litros atendia à necessidade de reduzir o consumo

Embora mantivessem as plataformas, os modelos 1980 do Fleetwood ganhavam nova carroceria. Agora havia o sedã básico, o sedã e o cupê Brougham (este com meio-teto de vinil e vidro traseiro quase vertical), ambos com entreeixos de 3,08 m, além da limusine, com 3,41 m. O modelo básico contava com três opções de motores, sendo a primeira um V6 de 4,1 litros e 125 cv de origem Buick (da mesma família do 3,8 que equipou aqui o Omega australiano), o primeiro seis-cilindros na história da Cadillac. Os outros eram um V8 de 368 pol³ (6,0 litros) e 140 cv e o conhecido V8 5,7 a diesel de 105 cv.

Único disponível na limusine e no Brougham, o V8 368 consistia em nova redução de cilindrada sobre a linha iniciada em 1968 com o 425. Oferecido em todos os Cadillacs, usava injeção monoponto e foi o último V8 da marca com um bloco grande (big block) de ferro fundido. Em 1981 esse motor recebia a novidade anunciada como V8-6-4: um sistema automático de controle eletrônico desligava dois ou quatro dos cilindros (fechando suas válvulas) em condições de baixa solicitação de potência, em terceira marcha e acima de 56 km/h, a fim de poupar combustível.
Continua

Depois da infeliz experiência com o desligamento de cilindros, entre 1981 e 1982, a Cadillac voltava a oferecer o V8 de 6,0 litros com funcionamento normal
Para ler
Cadillac: 100 years of innovation - por Angelo Van Bogart, editora Krause Publications. Publicado em 2003, ano do centenário da marca, o livro de 176 páginas em inglês traz um vasto conteúdo fotográfico — 200 fotos — sobre a Cadillac, que inclui anúncios publicitários e até as concessionárias onde eram vendidos no passado. Cadillac automobiles 1960-1969 - por R. M. Clarke, editora Motorbooks International. As 100 páginas em inglês são fartas em informações: testes e comparativos, dados técnicos, análises de engenharia, opiniões de proprietários. As versões do Fleetwood da década de 1960 não poderia ficar de fora do livro.

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