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O Imperial de 1934 tornava-se parte da série Airflow, de carros modernos e aerodinâmicos, mas sem sucesso

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Linhas mais tradicionais voltavam em 1937, junto da estréia do modelo conversível

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Depois da guerra, o Imperial manteve o estilo de 1942 até o modelo 1948 (acima), com sua frente longa

Em 1934 ele tornava-se uma versão do Airflow, modelo aerodinâmico e de técnica avançada que não teve êxito. Primeiro automóvel no mundo com pára-brisa inteiriço e curvo, seu oito-cilindros de 323 pol³ (5,3 litros) desenvolvia 150 cv, que não pareciam muito: o CW Crown Imperial Airflow Custom desse ano, com 2.680 kg, foi a versão mais pesada já feita em toda a história do modelo. Após três anos, em 1937, assumia formas mais convencionais, sobretudo na frente, e oferecia também versão conversível. O motor 323 passava a ser usado em toda a série Imperial, sem opção pelo grande 385, e a potência ficava em 130 cv na versão de topo. Em 1939 o carro recebia a primeira caixa de câmbio com acoplamento hidráulico na indústria americana.

Nessa época, embora o Custom Imperial 8 se mantivesse no topo da oferta da corporação, com escolha entre sedã e limusine de sete lugares, a Chrysler cometeu um erro estratégico: oferecia um Imperial como seu modelo de oito cilindros mais barato, abaixo do New Yorker e do Saratoga.  A incoerência foi extinta já no ano seguinte, quando os modelos Crown Imperial passaram a ser os únicos com o famoso nome — no entanto, o New Yorker era equipado com o mesmo motor da marca de topo, o que abalava sua exclusividade. Em 1941 o Imperial introduzia o controle elétrico de vidros.

Com a interrupção das linhas em meados de 1942, em função da Segunda Guerra Mundial, o carro voltaria quatro anos depois com as mesmas características anteriores. O desenho exagerava no comprimento do capô, mas era modesto no da traseira. Um novo estilo chegava apenas para 1949: agora derivado do New Yorker de seis lugares, era um automóvel sofisticado, com acabamento interno pela empresa Derham e entreeixos de 3,34 metros. Foi a última geração em que as portas de trás abriam-se no sentido oposto ao das dianteiras. Havia também o Newport, um cupê hardtop sem coluna central. O motor 323 permanecia. Continua

Nas telas

Podemos ver o Imperial em uma transposição dos quadrinhos para as telas, o divertido Dick Tracy (acima), filme de 1990 que foi dirigido e tem com astro principal o grande Warren Beatty. Trata-se de um modelo 1937 dirigido pelo policial incorruptível. O filme ainda traz famosos como Al Pacino, que interpreta Big Boy, James Caan e também Madonna.

No primeiro filme da ótima trilogia O poderoso chefão (The godfather), dirigida pelo famoso Francis Ford Coppola, há um Imperial 1954 preto (abaixo), que pertence à poderosa família. Grandes nomes do cinema americano estão neste famoso filme: Marlon Brando, Al Pacino. James Caan, Robert Duvall. Ganhou três Oscars.

Na comédia romântica Sabrina, de 1954, dirigida por Billy Wilder, a versão original foi estrelada pelos famosos Humphrey Bogart (Linus Larrabee), Audrey Hepburn (Sabrina Fairchild) e William Holden (David Larrabee), que formavam o trio romântico. Sabrina era filha do chofer dos milionários da família Larrabee. Possuíam vários automóveis sofisticados, um deles uma limusine Imperial preta de 1953, que aparece em algumas cenas. Para seis passageiros, tinha vidros elétricos, separação entre motorista e bancos traseiros, bancos traseiros com aquecimento, apoio para os pés desses ocupantes e vários outros mimos. Um luxo!

O Imperial Crown conversível 1962 fez grande presença na ótima comédia Deu a louca no mundo (It's a mad mad mad mad world), de 1963. Reúne nomes famosos em papéis estratégicos, como Spencer Tracy, Mickey Rooney, Terry-Thomas e Milton Berle. O ator Milton Berle faz o papel de J. Russell Finch e dirige o Imperial azul claro, acompanhado de sua bela esposa e da terrível sogra, que não pára de importuná-lo. Mas a participação do belo automóvel termina quando é abalroado por trás por um caminhão de mudanças.

Mas o mais famoso, bonito e sofisticado talvez seja o Imperial LeBaron 1966 do seriado Besouro verde (The green hornet), estrelado pelo mundialmente conhecido lutador de lutas marciais Bruce Lee e por Van Williams. A série passou pouco tempo por aqui. Williams era o milionário Britt Reid, o Besouro, e contava com a ajuda de seu parceiro e chofer Bruce Lee, que fazia o papel de Kato. Após o megasucesso de Batman, a 20th Century Fox introduziu esta série de televisão visando ao mesmo sucesso, mas só duraram 26 capítulos. Também veio dos quadrinhos.

Chamado na série de Black Beauty, beleza negra, o carro era modificado e tinha o motor V8 440. O sedã de quatro portas tinha apetrechos pouco comuns. Todos os vidros eram muito escuros e trazia na frente oito morteiros de cada lado, que ficavam abaixo dos faróis verdes. Atrás também havia a artilharia de morteiros. Abaixo da grade dianteira, um míssil de alto poder de fogo, tudo protegido por tampas escamoteáveis. Por dentro havia telefone e vários comandos para ativar a artilharia. Sem frisos, a beleza da carroceria era completada por rodas de desenho exclusivo. Não faltam imitações...

por Francis Castaings

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