Em junho de 1993 a denominação das versões era revisada: o 500 SE, por exemplo, tornava-se S 500 e o 600 SEL passava a ser S 600 L, de modo a evidenciar a principal letra da série — assim como C, E, CL e SL para outros Mercedes. Em março do ano seguinte ocorria uma leve reestilização, com nova grade, faróis mais eficientes e outras lanternas traseiras. Em maio de 1995 era adotado sistema auxiliar de estacionamento à frente e atrás, providencial em um carro tão grande.

O clássico 600 Pullman da década de 1960, ao fundo, e seu sucessor, o S 600 Pullman da série W140: mais de seis metros e peso de 2.700 kg, que passava a 4.400 com blindagem

Em setembro, no Salão de Frankfurt, chegava o S 600 Pullman, limusine que trazia de volta o nome do clássico 600 de três décadas passadas. Com 6,12 metros de comprimento e blindagem opcional de fábrica, era o supra-sumo do conforto e da segurança para clientes especiais. Entre os recursos internos estavam bancos voltados para a traseira e separação entre os compartimentos do chofer e dos passageiros. Se as versões comuns já eram pesadas, imagine esta... 2.700 kg, que passavam a 4.400 quando blindada!

Ao mesmo tempo, no restante da linha o câmbio automático passava de quatro para cinco marchas e surgia o controle de estabilidade ESP, primazia mundial, de série na versão V12 e opcional nas V8. Nos modelos 1996 vinham bolsas infláveis laterais, limpador de pára-brisa automático e motores turbodiesel mais potentes: 150 cv no S 300 SD e 177 cv no S 300 TD, com quatro válvulas por cilindro. Em dezembro desse ano o ESP passava a equipar também os modelos de seis cilindros e era lançado o BAS. Em março de 1997 surgia uma série ainda mais luxuosa, com telefone, sistema de navegação e faróis de xenônio.

No interior da limusine, um banco de tamanho integral voltado para a traseira e separação entre motorista e passageiros: uma sala de reuniões para se deslocar a 250 km/h

O tamanho e o peso do W140, porém, não causaram dissabores apenas no tráfego ou ao estacionar. A imprensa criticou fortemente o exagero do carro e testes mostraram elevado risco em caso de colisão com veículos menores. Em um impacto frontal a 50 km/h contra um Golf, por exemplo, este teria todo o compartimento do motor comprimido e seus ocupantes não resistiriam, enquanto o Mercedes e as pessoas dentro dele pouco sofreriam. Essas críticas não seriam desprezadas pela marca ao projetar a geração seguinte do Classe S. Continua

Nas telas
Em 007 contra Octopussy, de 1983, James Bond, vivido pelo grande ator Roger Moore, dirige um Mercedes-Benz 280 S preto (da série W108) sobre trilhos em uma de suas perseguições e escapadas. Como sempre, ótimas cenas de pura diversão.

Em Ronin, de 1998, policial dirigido pelo competente John Frankenheimer, estrelando Robert De Niro e Jean Reno, não faltam ótimos pegas nas ruas de Paris e pela Riviera francesa. No sul do país, numa cidade perto de Nice, Reno está ao volante de um 450 SEL marrom da geração W116 em perseguições alucinadas. Não falta uma "queima" de pneus ao arrancar de marcha à ré (foto).

Quem gosta de "fritada" de pneus, ótimas perseguições e muitas manobras com competência não pode deixar de ver Caçador de morte (The driver), de 1978, com Ryan Ryan O'Neal , Bruce Dern e Isabelle Adjani. Num estacionamento subterrâneo, Ryan "ensina" a ladrões como manobrar e destruir por partes um Classe S de cor laranja, da primeira geração. Ótimo filme ainda disponível em VHS.

Em K9, um policial bom para cachorro, James Belushi faz dupla com um pastor alemão de meter medo. Ele tem um Mustang conversível verde 1966 e os malfeitores estão com um Classe S W126. Boas cenas de pegas envolvendo os dois.

O tenso policial Chuva negra (Black rain), de 1989, com Michael Douglas e Andy Garcia, é quase todo passado em Tóquio. Os dois detetives americanos perseguem a máfia japonesa e esta roda de Mercedes, da mesma geração.

Os malfeitores também têm bom gosto em Máquina mortífera (Lethal weapon), com Mel Gibson e Danny Glover, que começou em 1987. Os Classe S W126 aparecem nas mãos de diplomatas pouco honestos. Como sempre, ótimas cenas de ação.

Em 1990, no filme A fogueira das vaidades (Bonfire of the vanities), com Tom Hanks, Bruce Willis, Melanie Griffith e Kim Cattrall, o Mercedes W126 e seu dono (Hanks) são vítimas de um suposto atropelamento perto da ponte do Brooklyn, em Nova York.

Também em O pacificador (The peacemaker), de 1997, com George Clooney e Nicole Kidman, há ótimas cenas de perseguição que envolvem um BMW Série 5 e um Classe S prata, já da linha W140, que é destruído no final do pega.

por Francis Castaings

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