O teto Pagode   Em 1963 nascia a segunda geração do SL, com desenho da carroceria assinado pelo francês Paul Bracq. O belo cupê media 4,28 metros e pesava 1.295 kg. De linhas bem equilibradas, era um esportivo menos imponente, mas perfeito para um cavalheiro sofisticado. Embora o nome de código da fábrica fosse SL W113, ficou conhecido como Pagode, devido ao formato côncavo da capota, que lembrava o teto de um templo asiático. Tinha à disposição carroceria conversível ou cupê fechado. Outro charme era a abertura do capô para a frente, como os anteriores da linha SL. Os faróis também tinham inspiração no desenho da antiga série e, ao centro da grade, havia o escudo da estrela, para identificação a boa distância.

O teto côncavo, com a parte central mais baixa, lembrava os templos asiáticos: por isso a segunda geração do SL ficou conhecida como Pagode

Por dentro também era agradável. O painel misturava borracha, madeira de boa qualidade e metal da mesma cor da carroceria. Além do conta-giros e velocímetro de bom tamanho, em formato circular, tinha entre eles o marcador de nível de combustível e o de temperatura da água em um módulo retangular em posição vertical. O retrovisor interno passava para o alto da moldura interna do pára-brisa. O volante de bom tamanho, como apreciado pelos alemães, era bonito, com dois raios e área central circular com o escudo tradicional da marca.

Era um automóvel para duas pessoas, mas atrás acomodava duas crianças em caso de emergência. O modelo California, de pequena produção, deixava maior o espaço da capota para esses passageiros, mas mesmo assim apertados. O 230 SL usava o motor do sedã 220 SEB (W108), mas com 100 cm³ a mais. Tinha seis cilindros em linha, virabrequim com sete mancais (para maior apoio e funcionamento suave), cilindrada de 2.310 cm³, potência de 170 cv a 5.600 rpm e torque de 22 m.kgf. Sua velocidade máxima era de 200 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 10,5 segundos.

O interior estava mais confortável, com espaço adicional na versão California, e os motores de seis cilindros vinham em 2,3, 2,5 e 2,8 litros

A alimentação recorria à injeção indireta Bosch e a caixa de câmbio tinha quatro marchas, mas, sobretudo para o mercado americano, também era oferecida a opção automática. A suspensão traseira mantinha os semi-eixos oscilantes. O SL usava pneus 185-14 e podia ser equipado com rodas de aço e belas calotas, que tinham frisos da mesma cor que o carro, ou rodas de liga leve, também de bonito desenho. Seus concorrentes, na classe de 1,6 a 3,0 litros, eram o também alemão Porsche 911, os ingleses MG B, Triumph TR4 e Austin-Healey 3000 e o sueco Volvo P1800 S.

Em 1966 ganhava caixa de cinco marchas, da marca ZF, e um ano depois nova motorização. O 250 SL, de 2,5 litros, tinha praticamente a mesma potência do 230, mas o torque era 10% maior. Os freios ganhavam discos também na traseira, da marca ATE, que substituía os da Girling, e havia a assistência do servo-freio. O tanque de combustível passava a comportar 82 litros no lugar de 65. No ano seguinte chegava o 280 SL, com 2.778 cm³, em que a potência passava a 185 cv e o torque a 24,5 m.kgf. Foram vendidas 48.912 unidades até o encerramento da produção dessa série, em 1971. Um sucesso, tanto na Europa quanto nos EUA.
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Réplicas nacionais
No Brasil foi fabricada uma réplica do modelo Pagode, na versão conversível. Era o Phoenix (foto), com motor Chevrolet de seis cilindros e 4,1 litros e carroceria de plástico e fibra-de-vidro. Para os puristas, porém, estava longe de ser fiel.

Algo semelhante ao modelo feito desde 1971 foi o Lafer LL, que não saiu do estagio de protótipo. Era a clara a inspiração nos SL e SLC. Também usava a boa e robusta mecânica do Opala, na época uma das melhores aplicações para um fora-de-série de bom desempenho.

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