Uma das versões mais curiosas do Rekord foi a Cabriolet, um conversível com molduras de portas e janelas que permaneciam com a capota abaixada

Sua concepção mecânica era tradicional, com motor longitudinal, tração traseira, suspensão dianteira independente por braços sobrepostos e traseira de eixo rígido. O motor de quatro cilindros em linha vinha em duas versões. A menor era de 1.488 cm³ (80 x 74 mm) e desenvolvia modestos 52 cv de potência e 10,9 m.kgf de torque; a outra, com 1.680 cm³ (85 x 74 mm), oferecia 63 cv e 13 m.kgf. O carro tinha câmbio de três marchas (com o automático Olymat como opcional), sistema elétrico de seis volts, pneus 5,90-13 e peso de 895 kg.

Já em 1954 era lançada a perua Caravan. O nome, então grafado Car-A-Van para destacar a versatilidade de um carro que funcionava como furgão, seria usado nesse tipo de veículo também em outras linhas, como Kadett, Astra e Vectra. Com três portas, era 20 mm mais longa e 50 mm mais alta que o sedã. Seu amplo compartimento de bagagem fez sucesso entre as famílias. Uma variação mais curiosa do Rekord era o Cabriolet, um sedã de duas portas em que a capota podia ser recolhida, embora as molduras das janelas laterais se mantivessem no lugar — um conversível, mas não completo. Era uma solução para aumentar a rigidez da estrutura, além de reduzir custos. Em 1956 o painel já era diferente, com o velocímetro em forma de meia-lua.

A geração P1 tornava-se mais longa e baixa e adotava vidros bem envolventes

Essa geração teve 580 mil unidades produzidas até 1957, quando estreava o chamado Rekord P1 — ainda com o prenome Olympia no mercado alemão. O entreeixos crescia 5 cm, para 2,54 metros, e o comprimento nada menos que 18 cm, para 4,43 m; no entanto, com 1,49 m, estava 6 cm mais baixo. O pára-brisa e o vidro traseiro eram bastante envolventes, uma tendência nos EUA para melhor visibilidade, e os pára-lamas de trás exibiam sutis aletas, mais destacadas que no modelo anterior.

No interior, o banco dianteiro tinha encostos independentes e reguláveis, embora o assento fosse inteiriço, e o retrovisor vinha apoiado sobre o painel. O velocímetro retomava a escala horizontal. A mecânica não trazia grandes novidades, em que os motores de 1,5 e 1,7 litro continuavam; a Caravan era renovada um ano depois. Em três anos a Opel vendeu 855 mil carros dessa geração, um êxito notável diante de seu tempo de vida mais curto. Parte deles foi para os Estados Unidos, onde se utilizava a rede de concessionárias Buick. "Fabricado na Alemanha com estilo americano" era o mote do carro naquele país.
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A mecânica anterior era mantida nesse segundo Rekord, vendido também nos EUA

Nas pistas
Ao contrário de seu "filho" brasileiro, o Opala, que teve longa carreira em nossa categoria Stock Cars, o Rekord nunca foi expoente em competições. Mas há registro de algumas participações bem-sucedidas em provas. Em 1966 um modelo B (foto) com motor de 1,9 litro venceu na categoria de carros originais o Rali da Suécia, nas mãos de Lille-Bror Nasenius, conhecido piloto da Opel na época. Mas logo era lançado o modelo C e o Rekord abandonava o cenário de ralis. No entanto, esse motor seria a base de muitos modelos de competição da marca nas décadas seguintes, equipando Manta, Ascona e Kadett.

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