O modelo B durou menos de um ano: serviu mais para lançar os motores de comando no cabeçote

Em junho de 1965, após 861 mil unidades do modelo A, a Opel colocava nas ruas o Rekord B, de vida muito breve — só 11 meses. Não passava de uma reestilização de frente (com grandes e estranhos faróis retangulares) e traseira (inspirada no Corvair da Chevrolet americana, com quatro lanternas circulares) para o anterior, associada a maiores entreeixos (2,67 m, mais 3 cm) e largura (em 5 cm). Além de ser um paliativo para revigorar o carro até que uma geração realmente nova ficasse pronta, a reforma destacava por fora o que havia sob o capô.

Foi nesse modelo que a Opel estreou a linha de motores CIH, sigla para Cam in Head ou comando de válvulas no cabeçote, que seguiria a evolução do Rekord pelos 20 anos seguintes. O de quatro cilindros oferecia três versões: de 1.475 cm³ (82,5 x 69,8 mm) e 60 cv, de 1.698 cm³ (88 x 69,8 mm) e 75 cv, e de 1.897 cm³ (93 x 69,8 mm) e 90 cv. Somava-se a eles um seis-cilindros de 2.239 cm³ (82,5 x 69,8 mm), 107 cv e 16 m.kgf. Notem-se o curso dos pistões igual para todos — também comum ao 3,0-litros que teríamos no Omega —, variando apenas o diâmetro dos cilindros, e as medidas idênticas no 1,5 e 2,2-litros. O 1,9 mostrava-se uma excelente opção para dirigir rápido, pois custava menos que o "seis" e, por ser bem mais leve, permitia melhor comportamento dinâmico.

Mesmo com outros faróis e numa configuração que não existiu aqui -- o sedã de duas portas --, é fácil reconhecer no Rekord C nosso Opala

Em termos de carroceria, a oferta passava pelos sedãs de duas e quatro portas, o cupê, a Caravan de três portas e a Delivery Van — uma perua convertida em furgão, sem os vidros laterais traseiros. Câmbios de três e quatro marchas, além de um automático, estavam disponíveis. Interessante também era o Rekord Taxi, um sedã com 20 cm adicionais entre eixos, voltado aos motoristas de praça. A concorrência das versões mais simples era composta pelos ingleses Ford Corsair e Taunus e Triumph Vitesse, o sueco Volvo P121/122 Amazon e o italiano Fiat 1500; já os Rekords superiores competiam com Fiat 1800, o francês Peugeot 404 e o britânico BMC 1800 A. O breve modelo B vendeu 294 mil exemplares.

Nosso velho conhecido   Na linha 1967 era lançado um Rekord muito familiar aos brasileiros: a geração C seria produzida aqui pela General Motors como Chevrolet Opala, com algumas alterações de estilo (como faróis e lanternas) e motores de origem americana. O carro crescia um pouco, passando a 4,55 m e 1,75 m de largura. Além do cupê, do sedã de quatro portas e da perua Caravan, que foram nacionais, os alemães tiveram o sedã de duas portas, com perfil mais retilíneo que o do cupê, e a perua de cinco portas. Continua

A versão esportiva Sprint: motor de 1,9 litro, dois carburadores, 106 cv, máxima de 170 km/h

Os especiais
A família Rekord teve diferentes aplicações na Europa, além da de carro de passeio. O sedã foi muito usado como viatura policial, emprego que se estendeu aos modelos Royale britânico e Commodore australiano
A perua teve várias gerações adaptadas para ambulância (na foto uma de 1978), o uso pelo corpo de bombeiros e até veículo funerário

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