Em todos eles os ponteiros eram dispostos de modo que em condições ideais – no caso do conta-giros, o regime máximo de 6.500 rpm – apontassem para cima, um recurso comum em aviação (o motorista pode, assim, verificar se tudo está em ordem apenas com a visão periférica). Sob os mostradores menores ficava a assinatura de Pininfarina. A posição de dirigir seguia o padrão italiano da época, ideal para motoristas de braços longos, e os bancos eram individuais e reclináveis, mas não havia console central ou carpete no assoalho.

O painel esportivo da versão 1600: instrumentos secundários sobre o logotipo de Pininfarina e ponteiros na vertical em condições ideais

A capota de acionamento manual, que se manteria até o fim de sua produção, era fácil de abrir e fechar e tinha boa vedação. Em alguns mercados era oferecido um modelo rígido para enfrentar o inverno. Embora fosse espartano para alguns, o Alfa até que oferecia bom conforto se comparado a roadsters ingleses da época, que muitas vezes usavam janelas de plástico em vez de vidros, tinham aquecimento precário e não vinham com maçanetas externas.

O primeiro motor do Duetto tinha bloco e cabeçote de alumínio, 1.570 cm³, dois carburadores duplos Weber 40 DCOE horizontais e, para manter a tradição Alfa, duplo comando de válvulas. Desenvolvia 109 cv de potência a 6.000 rpm e 14,2 m.kgf de torque, suficientes para velocidade máxima de 180 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos com o câmbio de cinco marchas. A suspensão dianteira era independente e a traseira por eixo rígido, com molas helicoidais e freios a disco na frente e atrás.

O 1750 Spider: maior desempenho com 118 cv e a estréia desse Alfa no mercado americano

Em um tempo em que alemães e franceses não produziam conversíveis de seu segmento, o concorrente mais direto acabou sendo o Lotus Elan, que no entanto era menor e mais barato. A Fiat produzia alguns modelos a céu aberto, mas de preço e desempenho inferiores aos do Duetto, o que os deixava mais próximos dos pequenos britânicos.

Novos motores   Já no ano seguinte (1968) era lançada uma opção mais potente, o 1750 Spider Veloce. O motor de 1.779 cm³, também com duplo comando e dois carburadores de corpo duplo, entregava 118 cv a 5.300 rpm. Embora a cilindrada exata superasse os 1.750 cm³, o número fora adotado na designação por lembrar um Alfa anterior à Segunda Guerra Mundial. Suspensão (agora com estabilizador traseiro), freios (com servo), rodas e pneus eram redimensionados para atingir 190 km/h e fazer de 0 a 100 em cerca de 10 s. Havia encostos de cabeça nos bancos, cintos de três pontos e, como opcional, diferencial autobloqueante. Continua

Para ler
Alfa Romeo Spider Gold Portfolio - 1966-91 – edição por R. M. Clarke. O livro de 1991, de 172 páginas , traz 43 artigos sobre Spiders variados, do pioneiro Duetto aos 2000 reestilizados da década passada. Tem mais de 300 fotos, dados técnicos, comparativos e dicas de compra de modelos usados.

Alfa Romeo Spider 1955-1986 – por Walter Zeichner. Publicado em 1989, abrange o Spider
abordado neste artigo e também seus antecessores, o que traz uma base interessante para quem quer conhecer sua origem. São 96 páginas.

Alfa Romeo Spider: The Complete Story - por John Tipler. O mais recente destes livros (1998), é o único a incluir a aposentadoria do clássico italiano e sua substituição por um Spider moderno, em 192 páginas.

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