Embora pequeno, com apenas 3,89 metros de comprimento e 2,26 m entre eixos, o Griffith oferecia bom espaço interno. Também tinha boa distribuição de peso e ótimo comportamento dinâmico, já que o motor era quase central. O novo TVR mantinha sua excelência em dirigibilidade, mesmo com um pesado propulsor. Seu interior era bastante requintado, com abundância de couro nos bancos, painéis e console. Os instrumentos estavam posicionados à frente do motorista; teclas de comando e até mesmo o rádio foram colocados para que as mãos não se deslocassem muito do volante. |
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Inspirado no estilo e no nome do modelo clássico, o novo Griffith 500 entregava 340 cv com o motor Rover V8 de 5,0 litros |
O
motor era fornecido pela Rover, um grande V8 de 5,0 litros com comando
de válvulas no bloco. Apesar da construção ultrapassada, já que a
arquitetura de comando no cabeçote e quatro válvulas por cilindro era
comum nos esportivos mundo afora — até no Corvette ZR-1 —, era capaz
de gerar 340 cv a 5.500 rpm. Essa potência fazia com que o Griffith
atingisse a máxima de 253 km/h e acelerasse de 0 a 100 km/h em apenas
4,6 segundos. O torque do pequeno roadster alcançava 48 m.kgf a
3.700 rpm, muita força com pouco esforço. O câmbio era de cinco
marchas, e a tração, traseira. |
A boa fase dos desenhistas da TVR prosseguia com o Chimaera, que oferecia um conforto pouco usual na marca |
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Retrô
Se o Griffith havia impressionado pela elegância de linhas, o Chimaera
tinha um desenho de encher os olhos. Apresentado em 1993, fazia parte da
nova geração de carros esporte da marca. O estilo remetia aos grandes
conversíveis da década de 1950, com faróis circulares, grande capô e um
generoso porta-malas. Pode até parecer sacrilégio e retirar os créditos
de seus projetistas, mas visto lateralmente o Chimaera lembra o
Dodge Viper conceitual, revelado
em 1989. De acordo com o fabricante, o carro foi todo desenvolvido
sem ajuda de computadores, resultado de 10 anos de pesquisas. |
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Mesmo com um V8 menos potente, de 4,0 litros e 235 cv, o conversível acelerava muito bem: de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos |
Seu espaço interno era mais generoso que o do Griffith, embora com a
mesma distância entre eixos, e proporcionava boa ergonomia, ao contrário
de muitos esportivos. O único incômodo acompanhava todos os modelos da
marca: devido ao formato do chassi, o túnel central era bastante alto, o
que roubava o espaço do braço direito — ou esquerdo, no caso da versão
para o mercado inglês. O painel seguia a tendência do irmão mais velho,
inclinado para o motorista, mas a disposição dos marcadores fora
redesenhada, com conta-giros e velocímetro ao centro e mostradores
auxiliares à direita (ou esquerda). A alavanca de câmbio, com pomo em
alumínio polido, se mantinha bem próxima do volante. |
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