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Em 1962 (em cima) e 1963, desenhos simplificados e menos versões, apesar da estréia do motor de 7,0 litros

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Depois do modesto Bel Air 1964 (acima), a renovação com as formas "Coca-Cola", abaixo, recuperou a beleza

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Para 1962 o desenho era ainda mais simplificado, inclusive no sedã de quatro portas, também com colunas traseiras largas — o sedã hardtop era exclusividade do Impala. Um vinco lateral brotava junto aos faróis e ia até o pára-choque traseiro. O catálogo de motores foi reduzido: o V8 283 perdia a versão de 230 cv e no lugar do 348 surgia o 327, com 250 ou 300 cv. O mais bravo V8 da linha era o novo 409 de 409 cv. Com o pacote Z11 o Bel Air recuperou um pouco de seu moral nas corridas de arrancada (leia boxe).

Pela primeira vez na história do Bel Air, nenhum hardtop foi oferecido na linha 1963. Havia sedãs de duas e quatro portas e peruas de seis e nove lugares. A simplicidade das linhas imperava: colunas dianteiras retas de cima a baixo e um vinco horizontal na base das laterais, chegando ao pára-choque de trás. De diferente, só o formato pontudo que a dianteira e a traseira adquiriam quando vistas de lado. O seis-cilindros estava menor, com 230 pol³ (3,8 litros) e 140 cv. O V8 283 produzia 195 cv, o 317 ganhava uma opção de 340 cv e o 409 oferecia duas, de 400 e 425 cv. Ainda havia o 427 (7,0 litros) de 430 cv a 6.000 rpm, o mais potente jamais disponível no Bel Air.

No ano seguinte, o motor de topo já não era mais oferecido, por ter potência muito próxima à do 409 mais forte. Num dos anos menos inspirados do Bel Air, a linha Chevrolet 1964 tinha no Chevelle seu maior destaque. A família crescia à medida que a importância do Bel Air diminuía. O desenho deste era apenas correto — nem as pontas vistas pelas laterais estavam lá. Tal apatia só duraria mais um ano, quando os grandes Chevrolets foram reestilizados com bom gosto e criatividade na medida certa.

Arredondado e rejuvenescido, o Bel Air 1965 sacudia o torpor do estilo dos anos anteriores. O desenho tentava fazer referência às formas da garrafa de Coca-Cola, o que também aconteceria com o Corvette em 1968. Dos grandes da Chevrolet, o destaque era o Impala cupê hardtop, cuja fluidez do desenho chegou mais perto desse objetivo. Mas nem o Biscayne, nem o Bel Air dispunham dessa opção.

Acima dos faróis, contornos suaves formavam o capô, mas o principal causador do aspecto ondulado da carroceria era o topo dos pára-lamas traseiros, com um ressalto com aspecto de musculatura na linha da cintura junto às colunas. Além do seis-cilindros e do V8 de entrada do ano anterior, havia um novo seis de 250 pol³ e 150 cv, o V8 283 de 220 cv, os V8 327 (de 250 e 300 cv), os V8 396 (6,5 litros, com 325 e 425 cv) e os V8 409 (6,7 litros, com 340, 400 e 425 cv).

O Impala ainda podia trazer o luxuoso pacote Caprice para o hardtop de quatro portas. Foi esse nome que mais uma vez mudou a regra do jogo entre os carros grandes da Chevrolet na linha 1966. Enquanto o Biscayne e o Bel Air mantinham suas posições, estas perderam prestígio quando o Impala passou a ser o vice-líder da gama e o Caprice se tornou o novo rei da marca, com direito a cupê e peruas.  A fase de alto desempenho desses modelos grandes ainda duraria alguns anos, mas a tendência ao luxo e o conservadorismo estava demarcada. Continua

Para ler
Original Chevrolet 1955, 1956, 1957 - por Robert Genat, editora Motorbooks. Há 250 fotos coloridas para ilustrar a história deste título de 128 páginas em inglês. Os detalhes ganham atenção especial para ajudar no trabalho de restauradores. Números de série e códigos de componentes são listados, e a perua Nomad mereceu um capítulo só para ela. Note na lista abaixo como os demais anos do Bel Air geralmente são ignorados até pela literatura especializada.

Chevrolet, 55-56-57 -
por Mike Mueller, Motorbooks. O livro não chega a 100 páginas (são 96), mas usa carros de colecionadores espalhados pelos Estados Unidos para contar a história visual do Bel Air, do One-Fifty e do Two-Ten. Os carros são dispostos em perfis com textos explicativos em inglês de suas características e relevância.

A Pictorial History of Chevrolet, 1955-1957 -
por John D. Robertson, editora Cars & Parts. Ao longo de 288 páginas em inglês o leitor encontra parte de uma pesquisa de imagens nos arquivos da GM. O restante compõe os outros três livros da série Pictorial History Series, que tratam apenas do triênio mais célebre da história da Chevrolet.
Chevrolet by the Numbers: The Essential Chevrolet Parts Reference, 1955-1959 - por Alan L. Colvin, editora Bentley Publishers. Restauradores encontram neste livro um importante aliado para identificar peças corretas a comprar ou já instaladas num carro a ser adquirido. As 224 páginas em inglês ainda contam histórias dos engenheiros que desenvolveram os carros de passeio da marca nos cinco anos abordados.

Chevrolet Chronicle -
dos editores do Consumer Guide, editora Publications International. Este título, lançado em 2006, traz a história da Chevrolet de sua fundação em 1911 aos dias atuais. Com 384 páginas e 1.700 fotos, sendo boa parte em cores, o livro propicia ao leitor observar a evolução dos Chevies, suas especificações, números de produção e preços. Isso ajuda muito a entender a relevância histórica do Bel Air para a marca.

Full Size Chevy Parts Locating Guide -
por David Gimbel, Adam Gimbel e Patrick Trienta, editora Faxon Auto Literature. Em 130 páginas em inglês, ele promete ser o guia de restauradores dos Chevrolet grandes de todos os anos. Inclui listagem de fornecedores de peças e serviços.

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