Para distanciá-lo ainda mais dos outros modelos da marca, em 1964 um logotipo oval com um "R" cortado ao meio pela horizontal substituiu o do fabricante. Nesse ano, o motor 425 passava a ser de série e o opcional tinha carburação dupla. Com seus 360 cv a 4.400 rpm, o Riviera acelerava de 0 a 96 km/h em menos de sete segundos. A nova transmissão Super Turbine 400 tinha maior capacidade. Cintos de segurança agora vinham de série, enquanto ar-condicionado, faróis que acompanhavam as curvas e controlador de velocidade eram opcionais.

Enquanto os faróis escondidos seguiam o projeto inicial, o Riviera 1965 ganhava teto de vinil e o pacote Gran Sport, com suspensão, câmbio e pneus especiais

Para 1965 os faróis finalmente ficavam escondidos pela grade, como o projeto inicial previa. Mas, como nada é perfeito, sem a lubrificação correta sua abertura elétrica podia falhar. O pára-choque traseiro ficava mais reto e simples e embutia as lanternas. As falsas tomadas de ar laterais desapareciam. Rodas redesenhadas completavam o cardápio de novidades, ao lado da volta do V8 401 como motor básico. A opção de teto revestido em vinil e o pacote Gran Sport (GS) para o motor de 360 cv vieram após o Riviera 1965 começar a ser vendido. O GS incluía escapamento, transmissão, diferencial, pneus e rodas modificados e tentava fazer frente à era dos "carros musculosos". Assim terminou a primeira geração do modelo que os americanos apelidaram de Riv.

Na onda do fastback   Cinco centímetros mais longo e dez mais largo na bitola, o Riviera 1966 nascia em setembro de 1965 como sua primeira mudança profunda. O novo estilo foi creditado a Dave Holls, que chefiava o desenho da Buick na época. As luzes de direção continuavam pronunciadas, mas num estilo mais anguloso. Os faróis ficavam escondidos acima da grade, sob o capô, e deslizavam para baixo quando acesos. Na América dos anos 60, faróis atrás da grade eram um símbolo de sofisticação e modernidade, resultado de uma excessiva busca por linhas cada vez mais limpas.

A segunda geração, de 1966, adotava outro meio de ocultar os faróis e usava
nova plataforma; o perfil do teto era mais suave, dentro do formato fastback

As largas lanternas horizontais imitavam os frisos cromados da grade dianteira. Os quebra-ventos passavam à história, graças ao novo sistema Circulaire de ventilação. A nova carroceria em estilo fastback foi considerada a mais bonita de 1966 pela revista Car Life. Sinal da perda de esportividade na proposta, a Buick oferecia pela primeira vez banco dianteiro inteiriço no Riviera. Apoios para cabeça eram novos opcionais. O console do painel era eliminado, mas este tinha desenho exclusivo com alguns mostradores no lugar de luzes de aviso.

Agora com três metros entre eixos, o Riv dividia componentes mecânicos com o Oldsmobile Toronado, embora não adotasse a tração dianteira desse modelo. A suspensão traseira teve as molas movidas dos braços inferiores de controle para o eixo, de modo a reduzir o movimento da carroceria nas acelerações e frenagens. Os dois motores superiores eram mantidos para 1966, assim como o pacote GS. O modelo 1967 tinha um só V8 de 430 pol³ (7,0 litros) e 360 cv a 5.500 rpm, com carburador quádruplo Rochester Quadrajet. Freios a disco dianteiros estreavam como opcionais.
Continua

Os conceitos
Não foi por menos que a Buick adotou o nome Silver Arrow para identificar as 200 últimas unidades do Riviera 1999. A flecha de prata do nome também batizou dois carros-conceito baseados no modelo. Curiosamente, bem antes disso houve um conceito bastante futurista de mesmo nome, que a Pierce-Arrow apresentou em 1933.

O Buick Silver Arrow I (acima à direita) foi, pouco antes do lançamento da linha 1963, mais um aperitivo do que o mercado poderia esperar com o novo cupê de luxo da marca, o Riviera. A idéia teria prosseguimento na década seguinte. Embora haja raros indícios de um Silver Arrow II de 1968, não se encontra fotos que o tenham documentado, mas há fontes que afirmam que Bill Mitchell também teria criado outras versões customizadas para seus Rivieras de uso próprio.

Com o Silver Arrow III (ao lado), de 1972, Mitchell tentou adiantar recursos tecnológicos que estariam disponíveis só em 1974.

O cupê era baseado no boat-tail de 1971, mas com colunas traseiras inclinadas e faróis triplos retangulares (ilegais na época). O retrovisor já era fotocrômico, para evitar o ofuscamento por um farol alto atrás, e um sistema imprimia quantos galões restavam no tanque.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade