


Em 1980 o V6 de 3,8 litros
substituía o 4,1 de seis cilindros em linha


O teto parcial em vinil
distinguia o Classic Brougham de 1985 (foto de cima); quatro anos depois
a GM adotava injeção no motor de 5,0 litros |
A grade de frisos horizontais era
finalizada por dois faróis retangulares de cada lado, emoldurados por uma estrutura
também cromada, com luzes de direção que iam pela lateral. Era bastante
elegante. De perfil os novos Caprices não possuíam vincos ou frisos. A
coluna B, assim como a C, era larga (esta última sem janela) e a porta
traseira recebia duas janelas. O porta-malas tinha um caimento discreto,
que terminava numa traseira reta com três lanternas retangulares de cada
lado. O cupê recebia vidro traseiro envolvente e, na perua, a porta
de trás tinha abertura lateral e o vidro podia ser recolhido
eletricamente.
Pela primeira vez desde o lançamento, não era um motor V8
a opção de entrada da linha. Neste caso tratava-se do seis-cilindros
em linha de 250 pol³ (4,1 litros) e 111 cv. Padrão da Estate e opcional
no restante era o V8 305 de 142 cv, uma versão do bloco pequeno
introduzido pela GM em carros menores no ano anterior. Outro V8, desta
vez o LM1 de 5,7 litros, 172 cv e 37,2 m.kgf, com carburador de corpo
quádruplo Rochester Quadrajet, era a opção de topo. Para matar a sede dos propulsores o
tanque comportava 95 litros.
O V8 de 5,0 litros seria uma opção constante para os Caprices até os
anos 90. Em 1979 a versão LM1 foi restrita a veículos policiais. O veterano seis-em-linha, descendente da série Stovebolt da Chevrolet, foi
substituído por um novo V6 de 231 pol³ (3,8 litros) e 111 cv em 1980.
Para a Califórnia havia outro V6 de origem Buick, que entregava a
mesma potência. Um V8 de 267 pol³ (4,4 litros) a gasolina, com 116 cv, e
uma versão diesel de 350 pol³ (5,75 litros) e 106 cv — esta oriunda da
Oldsmobile — também entravam na lista de oferta. Os discos de freios
estavam presentes nas quatro rodas.
Essa carroceria fez um sucesso estrondoso, o que culminou com a venda de
um milhão de modelos (incluído o Impala) nos primeiros dois anos, bons
números em se tratando de um carro de topo. Mas suas versões para as
outras marcas da corporação vendiam bem menos.
Com o passar dos anos o desenho do Caprice sofreu discretas alterações
que se resumiam a detalhes em grade, faróis, pára-choques e lanternas
traseiras. Eram oferecidos modelos sedã quatro-portas, cupê de duas e a
perua, que podia levar até nove pessoas com os bancos extras do
porta-malas. Em 1985 aparecia o Caprice Classic Brougham, um pacote
luxuoso que incluía pintura diferenciada, tradicionais rodas raiadas e
um teto de vinil parcial (padrão conhecido como Landau). O interior
recebia forração em couro. Cupês e sedãs vinham em 1989 com injeção
eletrônica, mas não as peruas. A versão de topo, Brougham LS, trazia
acionamento automático de faróis e ajuste elétrico dos bancos
dianteiros.
Nessa época os Caprices compunham 60% da frota policial dos Estados
Unidos, onde competiam com o Dodge Diplomat e o Plymouth Gran Fury.
Perto dos anos 90 esse percentual subiu para 80%. O mercado de táxi
também absorveu grande quantidade do sedã da Chevrolet. Por isso é tão
comum ver o modelo em filmes e seriados de TV (leia boxe). Mas esse
quadro começou a mudar com a reestilização do arqui-rival Ford Crown
Victoria em 1992.
Linhas fluidas
O sucesso de
outro Ford — o Taurus, mesmo
menor — era evidente e a General Motors precisava atualizar o Caprice
com o intuito de trazê-lo novamente ao posto de preferido da América.
Para tanto uma nova carroceria foi apresentada em 1991. O conceito agora
era fluidez das linhas. Embora utilizando a mesma plataforma do anterior, o carro
estava elegante, com frente baixa que trazia a grade quadriculada e
faróis retangulares envolventes. Os pára-choques vinham integrados ao
desenho da carroceria e pintados na mesma cor.
As laterais eram limpas, com apenas um friso mais abaixo, e a
coluna C recebia uma janela que seguia a linha do teto.
Continua
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