Tempos de petróleo caro: menor e mais leve. o Caprice 1977 usava pela primeira vez um seis-cilindros como motor básico da linha





Em 1980 o V6 de 3,8 litros substituía o 4,1 de seis cilindros em linha

O teto parcial em vinil distinguia o Classic Brougham de 1985 (foto de cima); quatro anos depois a GM adotava injeção no motor de 5,0 litros

A grade de frisos horizontais era finalizada por dois faróis retangulares de cada lado, emoldurados por uma estrutura também cromada, com luzes de direção que iam pela lateral. Era bastante elegante. De perfil os novos Caprices não possuíam vincos ou frisos. A coluna B, assim como a C, era larga (esta última sem janela) e a porta traseira recebia duas janelas. O porta-malas tinha um caimento discreto, que terminava numa traseira reta com três lanternas retangulares de cada lado. O cupê recebia vidro traseiro envolvente e, na perua, a porta de trás tinha abertura lateral e o vidro podia ser recolhido eletricamente.
 
Pela primeira vez desde o lançamento, não era um motor V8 a opção de entrada da linha. Neste caso tratava-se do seis-cilindros em linha de 250 pol³ (4,1 litros) e 111 cv. Padrão da Estate e opcional no restante era o V8 305 de 142 cv, uma versão do bloco pequeno introduzido pela GM em carros menores no ano anterior. Outro V8, desta vez o LM1 de 5,7 litros, 172 cv e 37,2 m.kgf, com carburador de corpo quádruplo Rochester Quadrajet, era a opção de topo. Para matar a sede dos propulsores o tanque comportava 95 litros.
 
O V8 de 5,0 litros seria uma opção constante para os Caprices até os anos 90. Em 1979 a versão LM1 foi restrita a veículos policiais. O veterano seis-em-linha, descendente da série Stovebolt da Chevrolet, foi substituído por um novo V6 de 231 pol³ (3,8 litros) e 111 cv em 1980. Para a Califórnia havia outro V6 de origem Buick, que entregava a mesma potência. Um V8 de 267 pol³ (4,4 litros) a gasolina, com 116 cv, e uma versão diesel de 350 pol³ (5,75 litros) e 106 cv — esta oriunda da Oldsmobile — também entravam na lista de oferta. Os discos de freios estavam presentes nas quatro rodas.
 
Essa carroceria fez um sucesso estrondoso, o que culminou com a venda de um milhão de modelos (incluído o Impala) nos primeiros dois anos, bons números em se tratando de um carro de topo. Mas suas versões para as outras marcas da corporação vendiam bem menos.
 
Com o passar dos anos o desenho do Caprice sofreu discretas alterações que se resumiam a detalhes em grade, faróis, pára-choques e lanternas traseiras. Eram oferecidos modelos sedã quatro-portas, cupê de duas e a perua, que podia levar até nove pessoas com os bancos extras do porta-malas. Em 1985 aparecia o Caprice Classic Brougham, um pacote luxuoso que incluía pintura diferenciada, tradicionais rodas raiadas e um teto de vinil parcial (padrão conhecido como Landau). O interior recebia forração em couro. Cupês e sedãs vinham em 1989 com injeção eletrônica, mas não as peruas. A versão de topo, Brougham LS, trazia acionamento automático de faróis e ajuste elétrico dos bancos dianteiros.
 
Nessa época os Caprices compunham 60% da frota policial dos Estados Unidos, onde competiam com o Dodge Diplomat e o Plymouth Gran Fury. Perto dos anos 90 esse percentual subiu para 80%. O mercado de táxi também absorveu grande quantidade do sedã da Chevrolet. Por isso é tão comum ver o modelo em filmes e seriados de TV (leia boxe). Mas esse quadro começou a mudar com a reestilização do arqui-rival Ford Crown Victoria em 1992.

Linhas fluidas   O sucesso de outro Ford — o Taurus, mesmo menor — era evidente e a General Motors precisava atualizar o Caprice com o intuito de trazê-lo novamente ao posto de preferido da América. Para tanto uma nova carroceria foi apresentada em 1991. O conceito agora era fluidez das linhas. Embora utilizando a mesma plataforma do anterior, o carro estava elegante, com frente baixa que trazia a grade quadriculada e faróis retangulares envolventes. Os pára-choques vinham integrados ao desenho da carroceria e pintados na mesma cor. As laterais eram limpas, com apenas um friso mais abaixo, e a coluna C recebia uma janela que seguia a linha do teto. Continua

Renascido no Oriente
Em 2000 a Chevrolet ressuscitou o nome Caprice em outros mercados, no Oriente Médio, como uma versão importada do Holden Statesman australiano. A estréia se deu em quatro versões: a de entrada LS, a intermediária LTZ e a de topo Royale, além da esportiva SS.

A LS e a LTZ eram equipadas com um V8 de 5,7 litros e quase 300 cv; já a SS e a Royale possuíam o mesmo propulsor, mas com 29 cv a mais. Alterações na frente, traseira e interior foram lançadas em 2004 e, dois anos mais tarde, vieram amplas alterações de estilo e motor de 6,0 litros e 367 cv.

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