A geração de 1991 deu ao grande Chevrolet um ar atualizado, embora a plataforma e a mecânica fossem as mesmas do anterior

Os novos motores de 1994 fizeram o Caprice ainda mais apreciado por taxistas e policiais, clientelas que a GM perdeu ao retirá-lo do mercado

Os retrovisores tinham forma de cone, feitos para cortar o ar, e as caixas de rodas traseiras cobriam parte dos pneus. O caimento do teto, curvo e suave, terminava em uma traseira curvilínea com grandes lanternas retangulares, mas de cantos arredondados. Na perua o balanço traseiro era tão grande que a janela recebeu quebra-ventos na extremidade. O vidro traseiro abria-se de modo independente da tampa, que também podia ser aberta de duas maneiras: para baixo, como nos picapes, e para a esquerda.

O interior trazia todos os itens de conveniência eletrônicos que a classe exigia. O painel de instrumentos era digital e a alavanca do câmbio na coluna de direção evocava tradição e requinte. O sucesso foi grande. Em 1994 o modelo recebia uma nova geração de motores V8 da GM, com versões de 4,3 (202 cv) e 5,0 litros (172 cv), além de uma unidade do Corvette de 5,75 litros, 263 cv e 45,5 m.kgf. Em 1996 o câmbio passava para o assoalho e os instrumentos digitais eram trocados por versões analógicas. Equipado com o motor do Corvette, ele se tornou um dos mais populares carros de polícia. Até mesmo uma indústria paralela surgiria para reformar os modelos usados depois que a GM descontinuasse a produção.
 
E esse encerramento não demorou muito a acontecer. Com vendas caindo ano após ano e a busca do consumidor por veículos menores e mais econômicos — sobretudo japoneses —, a GM concluiu a fabricação do Caprice em 1996. Em seu lugar entrou o Lumina LTZ. A fábrica de Arlington, no Texas, que antes produzia o Cadillac Fleetwood, o Caprice sedã e perua, o Buick Roadmaster e a Oldsmobile Custom Cruiser, agora fabricava os utilitários esporte GMC Denali e Yukon, Chevrolet Tahoe e Suburban e Cadillac Escalade e Escalade EXT.
 
Com a saída de cena do Caprice, a coroa caiu sobre o Crown Victoria, da Ford, que logo ocupou grande espaço nas polícias e frotas de táxi. Um fim discreto para um carro que nasceu para ser o maior e melhor da Chevrolet, brilhou com seu conforto e desempenho e que ficará imortalizado nos filmes e na memória de seus fãs do mundo todo.

Ficha técnica
_ Caprice V8 396 (1966) Caprice V8 454 (1971) Caprice Classic V8 305 (1989)
MOTOR
Posição e cilindros longitudinal, 8 em V
Comando e válvulas por cilindro no bloco, 2
Diâmetro e curso 104 x 95,5 mm 108 x 101,6 mm 94,9 x 88,4 mm
Cilindrada 6.498 cm3 7.446 cm3 5.002 cm3
Taxa de compressão 10,25:1 8,5:1 9,3:1
Potência máxima 329 cv a 4.800 rpm* 340 cv a 4.800 rpm 170 cv a 4.400 rpm
Torque máximo 56,7 m.kgf a 3.200 rpm* 64,2 m.kgf a 3.200 rpm 35,3 m.kgf a 2.400 rpm
Alimentação carburador de corpo quádruplo injeção monoponto
* Valores brutos
CÂMBIO
Marchas automático, 3 automático, 4
Tração traseira
FREIOS
Dianteiros a tambor a disco a disco ventilado
Traseiros a tambor a disco
SUSPENSÃO
Dianteira independente, braços sobrepostos
Traseira eixo rígido
RODAS
Pneus 8,25-15 205/75 R 15
DIMENSÕES
Comprimento 5,41 m 5,66 m 5,39 m
Entreeixos 3,03 m 2,94 m
Peso 1.670 kg ND 1.735 kg
DESEMPENHO
Velocidade máxima e aceleração ND
ND = não disponível

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