A suspensão hidropneumática, já usada em outros modelos da Citroën, trazia comportamento dinâmico brilhante e elevado conforto de marcha ao BX

Três motores a gasolina e dois a diesel, com potências entre 60 e 105 cv, formavam a linha deste médio, que também oferecia versão perua

Além do hatch, estava também disponível a versão perua ou familiar. Batizada de BX Break, ou Evasion em outros mercados, ela tinha os mesmos traços da versão menor, mas era alongada na traseira, o que deixava o desenho mais equilibrado. Sua produção coube à Heuliez, que mais tarde também faria as peruas CX, XM e Xantia. Um item apreciado que era vendido pela empresa, e também como acessório pela Citroën, era o banco adicional no compartimento de bagagem, voltado para trás, a fim de levar crianças.

Tradição na Europa, havia uma boa gama de motores para o BX. O primeiro, de 1,4 litro, entregava potência de 62 cv e torque de 11,1 m.kgf. Em seguida vinha o motor de 1,6 litro com 94 cv e 14 m.kgf. Outra unidade, de 1,9 litro, desenvolvia 105 cv e 16,4 m.kgf. Havia também duas opções a diesel que chegaram à linha em 1984: 1,8 e 1,9 litro, a primeira com 60 cv e 11,3 m.kgf, a outra com 65 cv e 12,1 m.kgf, ambas de aspiração natural. Estes motores eram bastante populares e estavam presentes em boa parte das peruas. Os freios já eram a disco nas quatro rodas e a tração só poderia mesmo ser dianteira, tradição Citroën havia meio século.

Estabilidade notável   Um dos destaques do BX era a suspensão hidropneumática, sem molas ou amortecedores, outra marca registrada da empresa. O comportamento era impecável graças às famosas esferas recheadas com óleo que controlavam a inclinação da carroceria, além de manter a altura do solo constante em quaisquer condições de terreno e permitir ajuste dessa altura com comando interno. As primeiras unidades sofreram com corrosão no sistema, transtorno sanado logo depois.

A estabilidade era uma das melhores qualidades do BX, além de conforto de rodagem, economia de combustível e freios potentes, itens elogiados pelos proprietários e pela crítica especializada. Tanto é verdade que o mote comercial da marca para o carro convidava o motorista a guiá-lo: “Loves driving. Hates garage”, ou "Ama ser dirigido. Detesta oficina". Os opcionais disponíveis para o hatch também surpreendiam para sua classe e tamanho. Ar-condicionado, freios com sistema antitravamento (ABS), controle elétrico de vidros, travas e retrovisores, fechamento por controle remoto, teto solar e revestimento dos bancos em couro podiam equipar o BX. Continua

Os conceitos

Em 1982 o time de estilo da Citroën propôs uma versão cupê para o BX, carroceria que a linha nunca teve. Frente baixa e grande área envidraçada davam ares ainda mais futuristas ao carro. Algumas soluções de estilo, porém, foram incorporadas ao grande XM lançado sete anos depois.

Já a Heuliez foi além e criou um conceito que, segundo ela própria, era um pouco de tudo. Batizado de Dyana, o carro "não é um sedã, nem uma perua, uma van ou um cupê, mas talvez um pouquinho de cada coisa", dizia o comunicado.

A carroceria alongada vinha com apenas três portas, cinco lugares e amplo compartimento de carga. Podia receber outros dois bancos traseiros, aumentando sua capacidade para sete ocupantes.

Também da Heuliez era este três-portas mais convencional, que bem poderia ter sido produzido em série.

Bertone criou com base no BX 4TC o Zabrus (acima), cupê futurista cujas portas eram do tipo "tesoura". O interior refinado ainda lembrava o arrojo do BX. Vinha equipado com a unidade de quatro cilindros e injeção, 2.141 cme e 200 cv e alcançava 220 km/h. Uma versão de três portas do BX (abaixo) também foi elaborada.

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