
Com o 19 GT, o BX ganhava
suspensão mais firme e aerofólio traseiro, mas o desempenho veio com o
Sport (à direita) e seu motor de 128 cv

O bem-sucedido GTI: com motor 1,9-litro e 16 válvulas
(primazia em um carro francês), obtinha 161 cv e acelerava de 0 a 100 em
8,4 segundos


Pára-choques, luzes de direção,
painel e volante: novo visual em 1986 |

O primeiro modelo com apelo esportivo
foi o 19
GT. Lançado em 1984, era equipado com a unidade carburada de 1.905 cm³
e 105 cv. O escalonamento das marchas era mais
fechado, a suspensão ficava mais dura e
o interior ganhava instrumentos circulares. Um aerofólio traseiro dava o
toque final. O GT alcançava 185 km/h de velocidade máxima.
Um ano depois chegava a versão Sport. Seu motor de 2,2 litros com dois
carburadores desenvolvia 128 cv — o BX mais potente naquele tempo. Seu
visual também era interessante: um kit em plástico simulava alargamento
das caixas de roda, faróis de longo alcance vinham no pára-choque,
pintado na cor da carroceria, e na traseira o carro recebia, além de
lanternas em tom fumê, um nada discreto aerofólio. Um adesivo "BX Sport"
era aplicado às portas da frente. Além das 2.500 unidades iniciais
previstas, outras 5.000 foram produzidas até 1987 com o sucesso da
versão. Equipados sempre com o volante do lado esquerdo, os Sports não
foram vendidos na Grã-Bretanha.
O
fim da produção do Sport abriu caminho para um dos veículos de
maior sucesso da marca: o BX GTI 16S (de soupapes, válvulas em
francês). Primeiro carro de produção local com quatro válvulas por
cilindro, vinha com um 1,9-litro com duplo comando de válvulas que
entregava 161 cv a 6.500 rpm e 18,4 m.kgf a altas 5.000 rpm. O carro
tinha um desempenho muito bom até para os padrões de hoje:
acelerava de 0 a 100 km/h em apenas 8,4 segundos, com velocidade máxima
de 220 km/h.
Freios antitravamento (ABS) eram de série na versão, os bancos eram mais
anatômicos e o painel futurista era deixado de lado. Em seu lugar
entravam instrumentos analógicos. Esteticamente era possível reconhecer
o BX "nervoso" de longe, sobretudo pela saia lateral na caixa de roda
traseira.
Três anos após o lançamento, retoques visuais abrangiam todos os BX em
1986: novos pára-choques na cor da carroceria, rodas, lanternas fumê e
aerofólio, estes exclusivos da versão esportiva. O formato das luzes de
direção agora acompanhava o dos faróis e a suspensão era
aprimorada. Em um teste da revista sueca Teknikens Värld, o BX
GTI fora mais rápido em uma pista de corrida que o rival Peugeot 405 Mi
16.
Valente
nos ralis
Tamanho
desempenho logo foi posto à prova por pilotos, equipes e preparadoras.
Um BX 16V com 243 cv venceu uma prova contra os fortes candidatos
Renault 21 Turbo, Kadett GSi, BMW M3 e Ford
Sierra Cosworth. Pilotado pelo experiente Jean-Luc Pailler, o
Citroën começou atrás, mas logo conseguiu passar os rivais graças à
habilidade de Pailler e ao comportamento dinâmico do carro.
Continua
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