Em 1973, para o mercado americano e pouco depois também para o europeu, era oferecida como opção uma caixa automática de três marchas da marca Borg-Warner. Nesta versão o V6 contava com 2.965 cm³ e desenvolvia 188 cv a 6.250 rpm. A velocidade final passava a ser de 228 km/h. Mas com a crise do petróleo e a imposição de limites de velocidade nas auto-estradas, sobretudo na França, as vendas caíram vertiginosamente: nesse ano só 2.619 foram às ruas.

Junto do câmbio automático, uma demanda dos americanos, vinha um aumento de cilindrada para 3,0 litros, gerando então 188 cv

Por ironia do destino, o SM ajudou a cumprir a nova lei: era o carro de intervenção rápida da polícia francesa nas auto-estradas, para alcançar os infratores e aplicar a multa em caso de desrespeito ao limite de 130 km/h. Não menos interessante é que o então presidente da França, George Pompidou, era contra a limitação de velocidade.

As vendas continuavam a cair em 1974 quando a Peugeot comprou a Citroën, formando o grupo PSA, e entregou a produção do carro para Guy Ligier (que seria mais tarde construtor de Fórmula 1). Seriam produzidas apenas mais 20 unidades. Boa parte da queda explicava-se por sua inadequação à nova norma dos EUA, que exigia uma altura fixa dos pára-choques resistentes a pequenas colisões. Como a carroceria do SM tinha altura de rodagem regulável, a marca não pôde atender à legislação e teve de encerrar as vendas no país — consta que mais de 100 unidades já em solo americano tiveram de ser encaminhadas a outro mercado. Continua

Nos Estados Unidos
Na Califórnia existe a SM World, oficina dirigida por Jerry Hathaway. Ele é um fanático pelo modelo e muitos proprietários — inclusive Jay Leno — levam os seus para cuidados muito especiais, seja uma reforma, manutenção ou preparação. Decorada com vários pôsteres, catálogos, revistas, miniaturas e outros apetrechos, o lugar é imaculado.

Hathaway produziu um picape SM de muito bom gosto. É o carro que reboca um SM preparado, com dois turbos e três carburadores Weber 48 IDA, que bateu um recorde no lago salgado de Bonneville. Os turbos foram produzidos por Hathaway. Em 1987, no Bonneville Land Speed Trial, conseguiu o recorde de 206,72 milhas por hora (332 km/h) na categoria tração-dianteira.

Seu troféu pelo feito é exibido sobre uma mesa especial: uma maquete do motor V6 com uma placa que tem as citações do recorde. Tanto o picape quanto o recordista têm rodas e pneus especiais e foram pintados em vinho metálico. O picape também ganhou concursos de elegância em Long Beach (1978) e Palm Springs (1985).

Nas telas
Em 2001 os cinemas apresentaram o filme Zoolander, cujos atores principais eram o comediante Ben Stiller (no papel de Derek Zoolander) e o versátil ator inglês Owen Wilson (como Hansel). Derek sofre uma lavagem cerebral e se transforma em um assassino, cuja missão é matar o presidente da distante Malásia quando de sua visita a Nova York. Zoolander é seqüestrado e colocado dentro de um SM cinza.

Em Golpe baixo (The longest yard), de 1974, um jogador de futebol americano, Paul Crewe (Burt Reynolds), está em franca decadência. Logo no princípio do filme, está bebendo na casa de uma mulher e os dois se desentendem. Após uma discussão pega o carro dela, um SM (acima), e sai em disparada. Ela chama a policia e há uma boa cena de perseguição. Típico filme comédia-drama americano. Teve uma refilmagem em 2005, que não chega a tirar o brilho da original. Interessante é que, na vida real, Reynolds também era proprietário de um SM e adorava a marca.

A cantora Janet Jackson, irmã do controvertido pop-star Michael Jackson, fez um clipe em 1986 onde cantava a música I get lonely para seu novo álbum. Em vários momentos aparece em um SM branco com bancos vermelhos.

Duas séries de sucesso no Brasil na década de 70 foram Columbo e The protectors. Na primeira o grande Peter Falk interpreta o detetive Columbo. A princípio poucos dão valor a sua postura, mas sua inteligência e perspicácia são grandes. Num dos episódios, em 1975, o ator Patrick McGoohan dirigia um belo SM.

Já na série The protectors (acima), o glamour dos anos 70 era transmitido em luxo europeu e belas alocações neste continente. No mesmo estilo de The persuaders, é estrelado por Robert Vaughn. Na série, que passou de 1972 a 1974, participaram atores europeus como Gerry Anderson e Tony Anholt, que tiveram o prazer de dirigir carros como o Jensen Interceptor e o SM.

O Citroën também foi o escolhido pela companhia petrolífera BP para um comercial de TV, em 1999. O carro era tão avançado a seu tempo que, ao fazer no fim do século um anúncio com cenário futurista, a empresa recorreu a esse modelo dos anos 70, devidamente reestilizado. E não foi o único Citroën usado para esse fim: um DS remodelado participou do segundo filme da trilogia De volta para o futuro, que se passa em 2015.

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