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A combinação de cores, o defletor dianteiro e o grande aerofólio não deixavam dúvidas das intenções do pacote ACR, relançado para 2008

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Com suspensão, freios, pneus e rodas especiais, esse Viper devorava as curvas -- e seus concorrentes no comparativo da Car and Driver

E como foi dirigi-lo? "Você tem de admirar a simplicidade desse carro. Nada de auxílios eletrônicos além do ABS, apenas um enorme V10, pneus mais largos que os da maioria dos carros de corrida e carroceria suficiente para encobrir os órgãos mecânicos. (...) Embora seja possível chegar ao limite daqueles Michelins traseiros de 345 mm, o comportamento é previsível e fácil de modular, e o torque é tão abundante que você fica tentado a cumprir o circuito em quarta marcha, quando o normal seria usar terceira. E os freios massivos, chamados à ação pelo pedal mais firme em todo o grupo, desafia-o a frear mais tarde a cada volta".

De rua, mas de pista   Mesmo que seu uso em competições tenha sido mais escasso na segunda geração, o Viper nunca perdeu a ligação com as pistas. No Salão de Los Angeles em novembro de 2007 a Dodge relançava a série ACR, agora como um pacote para o SRT-10 cupê. Voltado ao uso em corridas, embora homologado para as ruas, o conjunto passava por defletor dianteiro e aerofólio traseiro ajustáveis e feitos em fibra de carbono, rodas forjadas em alumínio Sidewinder, pneus Michelin Pilot Sport Cup, freios a disco Stoptech mais leves e eficientes e pintura em duas cores.

O motor de 608 cv era mantido, mas a suspensão recebia molas e amortecedores KW, reguláveis em carga e altura, além de novo estabilizador dianteiro. E a Dodge reduzia o peso do carro em 18 kg, vantagem que crescia para 36 kg com o pacote Hard Core. Essa opção eliminava sistema de áudio e vários acabamentos e adotava painéis de porta em fibra de carbono. Selecionar o pacote ACR significava obter ganhos importantes em estabilidade, como o teste da Road & Track comprovou: aceleração lateral de 1,12 g, ante 1,01 g do Viper comum, e velocidade média 4% mais alta na prova de desvio entre cones (slalom).

O piloto Steve Millen, que dirigiu ambas as versões a convite da revista, definia: "O SRT-10 ama ser dirigido com vigor. Quanto mais forte você anda, melhor ele funciona. O ACR é um carro de corrida, sem dúvida. Tem uma aderência tremenda e cria confiança no motorista com facilidade. Toque o carro a 80% [do limite] e ele parece um pouco nervoso. Quando se anda a 95%, ele se mostra bem preso ao solo e estável, com boa comunicação ao motorista".

Com a chegada do ACR, era hora de um novo desafio a concorrentes de dentro e de fora dos EUA. A Car and Driver colocava a versão diante de Corvette Z06, Nissan GT-R e Porsche 911 GT2 em 2008. Com os maiores potência e torque, o Viper "levou" em todas as provas de aceleração, como ao fazer de 0 a 161 km/h em 7,7 segundos, ante 8,1 do Porsche, 8,3 do Corvette e 10,2 do Nissan. Se a máxima de 290 km/h (bem mais baixa que a do SRT-10 por causa dos anexos aerodinâmicos) foi a menos brilhante, em comportamento do chassi ele voltou à liderança ao obter a maior aceleração lateral, a maior velocidade em mudança de faixa e o menor espaço de frenagem.

A revista destacou no ACR o conjunto de suspensão, freios e pneus típico de competição, a potência e o estilo "de Darth Vader" e descreveu a sensação de dirigi-lo: "Não há como pular para a última página, ir direto ao nível 11. Você tem que começar devagar e subir camada a camada, provando a grande aderência dos volumosos pneus, lidando com a nitroglicerina sob o capô, descobrindo onde os ferozes freios permitem boa velocidade de entrada de curva em vez de uma parada completa e instantânea". Contudo, prejudicado pelo interior apertado e quente, o altíssimo nível de ruído e a falta de auxílios eletrônicos, o Viper terminou em terceiro lugar. Continua

Nas telas
As duas gerações do Viper têm boa presença em filmes, quase sempre na versão roadster — o cupê GTS é um tanto raro nesse tipo de uso.

O RT/10 aparece na cor vermelha na ação norte-americana The Protector (1998) e nas comédias do mesmo país Repli-Kate (2002) e O Professor Aloprado (The Nutty Professor, 1996), com Eddie Murphy. Um amarelo pode ser visto no terror The Jackhammer Massacre (2004), também dos EUA.

O SRT-10 da segunda geração também tem no vermelho sua cor mais comum nas telas. São assim os Vipers da ação Wanted (2008), que tem no elenco Morgan Freeman, James McAvoy e Angelina Jolie; da aventura Drake and Josh Go Hollywood (feito para TV, 2006) e da ação Velozes e Furiosos - Desafio em Tóquio (The Fast and the Furious: Tokyo Drift, 2006). Em Mais Velozes Mais Furiosos (2 Fast 2 Furious, 2003) aparece um SRT amarelo.

Mas a atuação mais marcante do modelo foi mesmo na série de TV de ficção científica Viper, exibida nos EUA em 1994. O carro prata chamado de Viper Defender, amplamente redesenhado para ganhar aspecto futurista, leva o engenheiro Julian Wilkes (Dorian Harewood) em seu combate à organização criminosa chamada Outfit, que assumiu grande poder nos EUA. Além do Defender, aparecem Vipers normais de produção na série, como um RT/10 vermelho de 1992 e um cupê GTS azul de 1998.
O Professor Aloprado The Protector
Wanted Viper
Na Europa
Por mais inadequadas que suas características — tamanho, peso, cilindrada, consumo de combustível — fossem ao consumidor europeu, o Viper teve as duas gerações vendidas no Velho Continente. A primeira apareceu por lá apenas na segunda série, após o lançamento do cupê, sendo oferecida como Chrysler, já que a empresa não usava a marca Dodge naquele mercado. A segunda geração também foi oferecida como cupê e conversível e, ao contrário da primeira, adotou a marca original como parte da nova estratégia da Chrysler para a Europa. Contudo, outra mudança de nome foi necessária: no Reino Unido, outra empresa detinha direitos sobre a marca Viper, o que levou os norte-americanos a renomeá-lo simplesmente Dodge SRT-10.

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