O grande prêmio americano

Sete gerações e muitos altos e baixos depois, o Grand Prix
ainda brilha como um dos mais imponentes Pontiacs

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

A oferta de automóveis nos Estados Unidos no pós-guerra era muito vasta. Ao contrário da Europa, que se concentrava na maioria das vezes em carros pequenos e baratos ou continuava com modelos de antes do conflito, no mercado americano a sucessão de lançamentos era grande. A partir de um modelo tinha-se várias versões e por vezes, com modificações sutis, até marcas diferentes.

As três grandes — General Motors, Ford e Chrysler — e outras menores eram exemplos desta tática vencedora. A GM era dona das marcas Chevrolet, Buick, Pontiac, Cadillac e Oldsmobile. A Ford, além de modelos com o próprio nome, tinha a Lincoln e a Mercury. A Chrysler também colocava seu nome em modelos mais caros e possuía as marcas Dodge, Plymouth e DeSoto. E as mudanças de linhas nas carrocerias eram quase anuais.

O primeiro Grand Prix, de 1962, era uma versão do Catalina com rodas esportivas, bancos individuais e motores como o V8 421 de 6,9 litros

No começo da década de 1960 a Pontiac tinha modelos próprios, mas baseados nos chassis da Chevrolet. Eram os mais esportivos da GM. Um dos destaques era o Catalina. E justamente deste nasceria um dos modelos mais longevos da história americana: o Pontiac Grand Prix. O responsável pelo lançamento, em 1962, foi John De Lorean, que comandava a Divisão de Engenharia Avançada da Pontiac. Junto de outro carro de tendência esportiva, o GTO, o modelo faria muito sucesso por anos. Mas eles teriam destinos e clientes diferentes.

O primeiro Grand Prix era um Catalina em versão cupê sem coluna central, com rodas esportivas, pneus largos, cores mais marcantes e sem cromados externos. Tinha grade bipartida e quatro faróis circulares em linha horizontal. Por dentro, console esportivo e bancos individuais o diferenciavam. Usava motores nada modestos, como o V8 Super Duty de 421 pol³ (6,9 litros).

O modelo 1963 assumia estilo exclusivo na linha, com formas retas e faróis em
linha vertical; um ano depois (foto no alto) apareciam os pára-lamas ondulados

Desenho individual   Em 1963 o Grand Prix ganhava carroceria própria. Suas linhas estavam mais modernas. Na frente conservava a grade separada e um pequeno bico, mas os faróis circulares estavam em posição vertical. Era vendido nas versões cupê e conversível. Seu interior era um dos mais requintados da linha: bancos de vinil, forração especial no teto, bancos separados e painel com instrumentação farta, que incluía conta-giros. Rodas com calotas esportivas completavam o pacote.

No ano seguinte pouca coisa mudava na parte externa. Faróis de longo alcance vinham inseridos na grade e os principais passavam ao desenho retangular. Também ganhava pára-choques mais robustos e envolventes. Visto de lado, a parte traseira tinha a forma ondulada ("garrafa de Coca-Cola") idealizada por Bill Mitchell, que seria aplicada por anos em vários modelos da GM. Em 1965 portava nova carroceria com linhas mais curvas e estava maior, mais bonito e elegante.  Como seu irmão Bonneville, tinha as rodas traseiras semi-encobertas. Vinha com teto de vinil, calotas esportivas e pneus com faixa branca ou vermelha na larga medida 8,55-14.
Continua

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Data de publicação: 21/7/07

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