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Em meio a melhorias em conforto e segurança, a Ford adotava o motor de 4,6 litros em 1991 e remodelava a frente em 1995, deixando-a como no modelo da foto

Único no segmento a manter a tração traseira, o Town Car conservava seu público fiel e ganhava novos itens de conforto e conveniência

Por dentro o luxo continuava. O painel, retilíneo, recebia instrumentação digital e bancos e painéis de portas eram revistos. A nova geração trazia alguns dispositivos inéditos. Entre eles estava a memória de duas posições para o banco do motorista, opcional na Signature e de série na Cartier. Reclinação elétrica dos bancos e suporte lombar inflável eletricamente traziam sofisticação ao interior. O retrovisor interno fotocrômico, que já existia desde 1989, agora era mais largo.

Com a mesma plataforma, suas medidas eram mantidas do anterior, mas ele ficava um pouco — se cabe o adjetivo — mais leve: 1.820 kg. Esses atributos foram suficientes para que a revista Motor Trend desse ao Town Car o título de Carro do Ano. Também em 1990, com a abertura das importações pelo governo Fernando Collor, um Town Car chegou à presidência da República pelas mãos da Ford. O carro foi usado pelo então presidente, mas devolvido à marca americana por seu vice Itamar Franco quando este chegou ao poder: o político mineiro preferiu um já antigo Diplomata, carro que ainda alcançou o governo de Fernando Henrique Cardoso em seguida.

O Town Car era um típico carro de luxo para dar trabalho aos concorrentes. Assim como sua primeira geração, era fabricado na cidade de Wixom, no estado de Michigan. A segurança trazia melhorias, com bolsa inflável de série para motorista e opcional para passageiro, assim como freios com sistema antitravamento (ABS). Na parte dos motores entrava, em 1991, o chamado V8 modular da Ford. Com comando de válvulas no cabeçote e 4,6 litros, entregava 213 cv e 38,2 m.kgf.

Uma discreta alteração na grade frontal aparecia no modelo 1993, além de novo padrão das lanternas traseiras. Agora os três níveis de acabamento vinham de fábrica com painel digital e um novo tom claro de madeira ganhava o interior. Dentro de seu segmento, o Town Car mostrava bons números de vendas. Até o início dos anos 90 a Lincoln já havia colocado nas ruas mais de 100 mil unidades do luxuoso sedã. E, com o fim do Cadillac Fleetwood Brougham, o Town Car era o último modelo do segmento de luxo com tração traseira.

Cinco anos após o lançamento da segunda geração, a Lincoln efetuava mais modificações em 1995: agora os faróis eram mais delgados, mas as luzes de direção ainda avançavam pela lateral, dando charme ao modelo. A enorme grade cromada ganhava curvas e o logotipo da marca em seu topo, como nos Mercedes. Os pára-choques remodelados, assim como os retrovisores, vinham na cor da carroceria. Na lateral, a janela da porta traseira perdia a parte fixa. Continua

Os especiais
Muitas vezes, o luxo e o espaço dos grandes veículos de série não são o bastante — nem mesmo no caso do Town Car. Para clientes muito exclusivos é que existe uma série de empresas nos Estados Unidos especializadas em dar um toque especial a alguns modelos, transformando-os em confortáveis limusines. É o caso da Tiffany Coach, que produz mais de uma versão alongada do Lincoln.

A limusine traz de série ar-condicionado superdimensionado, monitor de TV de 15 pol com DVD, frigobar e separação da cabine de motorista com vidro, além de dois alternadores e duas baterias. Como opcionais o cliente pode ter um monitor adicional de 7 pol, disqueteira para oito CDs, bancos de couro e rodas cromadas, entre outros. Com várias opções de entreeixos, até uma quinta porta pode ser adicionada ao cada vez maior Town Car.

Outra que personaliza o modelo é a Executive Coach Builders (fotos ao lado). Com três opções em seu catálogo, os carros, esticados em 1,78, 2,54 e 3,05 metros, trazem dezenas de opcionais, como serviço de bar completo, estação de entretenimento e opções variadas de revestimento. Também há opção de quinta porta no caso do modelo alongado em 3,05 m. Precisa de mais portas? Há a opção da Federal Coach Company. Batizada de Eaton Six Door RR, o nome já diz: são seis portas para que cada usuário tenha sua entrada própria. Para quem deseja mais discrição, outras opções menores estão disponíveis.

A mesma Federal também produz um carro funerário baseado no Town Car (abaixo). Com teto elevado e terceira porta ampla, possui um piso deslizante para facilitar a entrada e saída dos caixões. Afinal, até quem já não está entre nós tem direito a algum luxo.

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