A velocidade máxima era limitada a 250 km/h pela central eletrônica, embora pudesse ser bem mais alta. A razão era o "acordo de cavalheiros" firmado entre o governo e alguns fabricantes alemães, para evitar uma corrida por maior velocidade no país em que algumas estradas não têm limite. Para se ter uma idéia do potencial desse motor, uma versão dele com dois turbos equipava o Sauber C9 vencedor da 24 Horas de Le Mans em 1989.

Usina de força: o 500 E extraía 326 cv do motor V8 de 5,0 litros e 32 válvulas, com o que acelerava perto de um Ferrari 348

Todo o conjunto era revisto: freios do 500 SL (mais tarde os do 600 SL V12), bitola mais larga, suspensão recalibrada e 25 mm mais baixa, rodas de 16 pol com pneus 225/55. O interior tinha quatro bancos individuais Recaro e trazia numerosos itens de conveniência, mas a aparência externa era discreta, sem aerofólio e com rodas de desenho tradicional. Apelidado de Velvet Hammer (martelo de veludo), "lobo em pele de cordeiro" ou Porsche-Benz, o 500 E exigia 18 dias entre as fábricas da Mercedes e da Porsche para ser produzido. Apenas 10.479 chegariam às ruas até 1994.

Ainda em 1991, em setembro era lançado o 400 E, que pela primeira vez aplicava a um Classe E "comum" um motor V8. A unidade de 4,2 litros e 32 válvulas gerava 279 cv. A cilindrada justificaria chamá-lo de 420 E, mas a Mercedes já não fazia questão de coincidir o número da versão e o deslocamento do motor — tanto que o 260 E, desde o ano anterior, vinha designado como 300 E 2.6. À mesma época, no Salão de Frankfurt, o Classe E ganhava a charmosa versão conversível de quatro lugares em versão 300 CE. A capota desaparecia quando aberta, para não prejudicar a elegância das linhas e a visibilidade traseira. Continua

Apelidado de lobo em pele de cordeiro, o 500 E era discreto por fora, sem aerofólios ou adereços
Nas telas
Ter um Mercedes-Benz sempre é destaque para o filme. Foi o que aconteceu em vários até hoje, desde os que apareceram em Noviça Rebelde até o SL nas mãos de Grace Kelly em Alta Sociedade.

Uma Babá Quase Perfeita

Em 1993 estreava a ótima comédia/drama Uma Babá Quase Perfeita (Mrs. Doubtfire). Robin Williams fazia o papel duplo do pai recém-separado Daniel Hillard e da simpática babá Sra. Euphegenia Doubtfire. Sua ex-esposa era Sally Field (como Miranda Hillard) e o novo pretendente era Pierce Brosnan (como Stuart Dunmeyer, apelidado de "Stu"). Miranda já não andava satisfeita com a falta de compromisso com trabalho de Daniel e, cansada, pede o divórcio. Ele fica desesperado, pois ama seus filhos e quer ficar ao lado deles. Surge a idéia de se travestir de babá. Há cenas hilariantes e também comoventes. O novo candidato a marido de Miranda, Stu, tem um belo Classe E prata. Bom divertimento.

O primeiro filme de James Bond em que Pierce Brosnan atuou foi 007 contra GoldenEye (GoldenEye), de 1995. Já havia seis anos sem um filme de 007. Neste ele busca descobrir uma arma fatal contra o mundo, o satélite GoldenEye. O Aston Martin sai de cena para dar lugar a um BMW Z3. Como sempre, há belas cenas em vários países e mulheres bonitas. Em uma cena noturna de perigo e em outras podemos ver um 260 E de 1990. Bom filme, com muita ação.

Táxi

Uma boa e diferente comédia é Táxi, filme francês que teve sua estréia em 1995 e já rendeu três seqüências. A história se passa em Marselha, no sul da França, e em Paris. O ator principal, Samy Naceri, interpreta o chofer de táxi Daniel Morales. A bordo de seu nada convencional Peugeot 406, ele ajuda a atrapalhada polícia de Marselha a resolver casos intrigantes, mas na maioria das vezes óbvios. O humor sempre está presente, com ótimos diálogos, e há pegas de perder o fôlego.

No primeiro filme o 406 enfrenta dois Mercedes W124 preparados, muito bravos, de uma gangue de assaltantes alemães. Entretenimento garantido em todos eles.

Ripoux 3

Outro policial francês que é uma sátira é Ripoux contre Ripoux, de 1990, que se chamou aqui Corra que a Polícia Vem Aí. O grande Philippe Noiret (René) e Thierry Lhermitte (François) fazem uma dupla de policiais corruptos, mas de bom coração. No terceiro filme da série (Ripoux 3), de 2003, a dupla se encontra no bairro de Montmartre, em Paris, agora com adversários. Há perseguições boas de carros e um Classe E táxi aparece em boas cenas.

O mundo da moda é retratado pelo diretor Robert Altman no filme Prêt-à-Porter, de 1994. O elenco conta com Marcello Mastroianni, Sophia Loren, Kim Bassinger, Julia Roberts, Tim Robbins e Lauren Bacall. Mistura trama e crítica do rico e luxuoso mundo dos desfiles, grifes e astros das passarelas. Nas cenas de rua podemos ver o mesmo Mercedes E de 1994, um táxi a diesel de cor verde, em várias cenas.

A Supremacia de Bourne

Outro filme que se mostrou uma ótima seqüência é A Supremacia de Bourne (The Bourne Supremacy), de 2004. O primeiro filme foi A Identidade de Bourne (The Bourne Identity), de 2002. No segundo, o astro principal Matt Damon faz o agente Jason Bourne. Sua companheira Marie (Franka Potente) é assassinada em uma conspiração entre a CIA e a Operação Treadstone. Ele parte do país onde está e vai para a Europa. Em Munique, na Alemanha, vemos numa perseguição num túnel um Mercedes E de 1990, preto. As cenas se passam em Munique, Berlim, Moscou, Nápoles e Nova York. Ótimo filme de ação, superando seu antecessor.

Francis Castaings

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