O Dyna Z tinha estrutura de
Duralinox, uma liga de alumínio que incluía cobre e magnésio e
proporcionava grande leveza. Somente o tubo de apoio à frente do
motor e o membro em "X" dianteiro do chassi, os reforços
nas soleiras, o eixo traseiro e as
rodas eram de aço. Os 710 kg faziam dele 30% mais leve que seus
concorrentes, além de ter um centro de
gravidade bastante baixo.
Lançado como sedã de quarto portas, o modelo também ficou conhecido
como Dyna 54 e vinha nas versões Luxe e Luxe Spécial. Seu formato
criativo e arredondado era obra de Louis Bionier,
autor dos Panoramic e Dynamic de antes da guerra, do Dyna X e do
futuro marco da Citroën, o DS.
Além da leveza do Dyna Z, seu desenho
ovalado aprimorava a aerodinâmica. Consta que seu
Cx ficava entre 0,23 e 0,27, melhor
que o da maioria dos automóveis de hoje.
Se o estilo não era para todos os gostos, tampouco passava despercebido
— era amado ou detestado, sem meias medidas. Sem grade dianteira, o
modelo francês tinha uma tomada de ar junto ao pára-choque com um
elemento central que, embora não circular, remetia a um estilo já
adotado no Dyna X e também no Ford
americano de 1949. Mas, diferente destes, o Panhard dava função à forma:
trazia ali sua única luz de neblina. Como o DS e graças aos dois faróis
isolados no capô, ele também lembrava de certa forma um sapo.
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