Até seis passageiros podiam viajar no Dyna Z, já que o banco dianteiro era inteiriço. O motorista tinha ampla visibilidade do painel, que num único arco abrangia os poucos instrumentos, graças ao volante fino de dois raios quase horizontais. A alavanca de câmbio ficava na coluna de direção, deixando o assoalho plano mais espaçoso para os ocupantes. Do lado oposto, uma mesma alavanca comandava faróis, luzes de direção e buzina. O estepe ficava num compartimento separado do porta-malas, que tinha capacidade mediana — 254 litros, embora pudesse aumentar bem com o banco traseiro rebatido — e abertura ampla, desde as laterais do carro. Dessa forma, podia-se trocar de pneu sem se sujar nem precisar remover a bagagem. |
Pequeno para seu porte, com 850 cm3 e dois cilindros, o motor do Dyna Z trazia desempenho modesto (velocidade máxima de 130 km/h), mas com baixo consumo |
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Dupla dinâmica
Se no
estilo o Dyna Z era revolucionário, a base mecânica permanecia a
mesma do Dyna X em suas versões mais esportivas, o que ainda
significava predicados bem modestos. Tratava-se de um motor
longitudinal de dois cilindros em linha e 851 cm³, com potência de
42 cv a 5.300 rpm e torque máximo de 6,5 m.kgf a 3.500 rpm. Levava-o
a até 130 km/h com um baixo consumo — rendia em média 16,7 km/l.
Com esses elementos o carro concorria com os compatriotas Peugeot
203 e Simca Aronde, o alemão
Ford Taunus e o britânico
Morris Oxford. |
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O conversível da linha Dyna Z aparecia no mercado em 1956, mesmo ano em que o câmbio semi-automático dispensava a embreagem |
Em 1955 o motor ganhava novo sistema de acionamento das válvulas, carburador aprimorado e bielas chamadas de "Torre Eiffel", mais eficientes na transmissão da força ao virabrequim. Numa feira de utilitários em Paris era apresentada a versão perua conceitual, de três portas e com carroceria Leffondré, que não chegaria às lojas. De setembro daquele ano a outubro de 1956, a Panhard ofereceu como opcional a embreagem eletromagnética Ferlec da Ferodo. Por meio de eletricidade, gerada por um segundo gerador, a embreagem era energizada e gradualmente acoplava o virabrequim à árvore primária da transmissão, fazendo o carro sair da imobilidade. Continua |
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