
A série especial Le Mans com
base no Mi 16: acabamento de camurça


Êxito longevo: no Egito e no
Irã (fotos) o 405 ainda é fabricado com o mesmo desenho do original, 22
anos após seu lançamento na Europa |
Opção estreante era o motor de 1.761 cm³ e 103 cv, suficiente para 0-100 em 11,9 s e máxima de
187 km/h. A versão mais
arisca da turma era a T16, com tração nas quatro rodas, duplo comando,
16 válvulas e turbo. Os 1.998 cm³ resultavam em 200 cv e 30 m.kgf
(torque disponível entre 2.600 e 4.500 rpm), valores muito expressivos
em sua categoria e próximos aos de motores de mais de 3,0 litros com
aspiração natural. A pressão de
superalimentação, 1,1 bar, podia ser aumentada para 1,3 bar por
45 segundos de modo a fornecer mais 20 cv.
A velocidade final era de 235
km/h e fazia de 0 a 100 km/h em apenas 6,5 s, apesar do peso bem mais
alto (1.340 kg), deixando esportivos de grife e pompa para trás. Seus
quatro freios eram a disco, a suspensão era mais baixa e usava pneus
205/50 R 16. Foram construídos apenas 1.050 exemplares deste foguete
francês, sendo que 10 foram adquiridos pela polícia do país para se
impor nas autoestradas com discrição.
A versão Break acompanhava as novidades, mas não dispunha de versões
esportivas. Opções para toda a linha incluíam freios ABS, bolsas
infláveis para motorista e passageiro, caixa automática de quatro
marchas e bancos com aquecimento. Em 1993 o Peugeot 905 ganhava a 24
Horas de Le Mans e, para comemorar o feito, era lançada a versão
especial 405 Le Mans, que se diferenciava da Mi 16 na parte externa
apenas por logotipos e o desenho das rodas. Sempre na cor vermelha, por dentro recebia bancos em couro e camurça
sintética.
Em 1995 o 405 ainda oferecia cinco motores a gasolina e dois a diesel, mas no
Salão de Frankfurt daquele ano a Peugeot apresentava seu sucessor, o
406. Semelhante ao antecessor em alguns traços básicos, o novo sedã
atualizava o padrão de estilo da marca e fazia frente a modernos
concorrentes como Renault Laguna, Citroën Xantia, Ford Mondeo, Opel
Vectra de segunda geração e VW Passat.
O valente 405, carro com muitas versões e vencedor em vários ralis
importantes, deixava de ser fabricado na França e na Inglaterra em 1996
(sedã) e 1997 (Break) após dois milhões e meio de unidades. Foi o último
modelo da fábrica do leão a ser exportado para os Estados Unidos, até
1991, e também foi produzido em países distantes (leia
boxe). Foi um marco na história da empresa, cujo desenho influenciou
o sedã topo-de-linha 605 e vários modelos da marca na década de 1990. |