Na segunda geração, de 1991, o
estilo ficava mais arredondado, a qualidade da carroceria melhorava e
surgia um motor V6 com 153 cv
Na terceira Espace, de 1996,
aspecto mais moderno e painel com os instrumentos no centro; o motor V6
passaria a 194 cv no modelo 1999 |
A
Espace entrava em sua segunda fase em 1988. Os faróis e luzes de direção
dianteiras estavam com cantos arredondados, os pára-choques faziam uma
só peça junto com a parte inferior dos pára-lamas e a porta traseira
estava um pouco maior, assim como a grade. Boa notícia era o aumento de
10 centímetros no comprimento, que melhorava a capacidade de bagagem,
sobretudo quando o terceiro banco estivesse presente. Os bancos
traseiros principais tinham trilhos maiores, o que trazia mais espaço
para as pernas dos ocupantes.
O motor do Fuego era substituído pelo do R25 e era lançada a versão
Quadra, com tração permanente nas quatro rodas. A transmissão usava
materiais leves a fim de não aumentar muito o peso do veículo, assim
como o consumo. Era equipada com o motor a gasolina ou turbodiesel.
Aqueles que enfrentavam com regularidade a lama e a neve aplaudiram o
fabricante pela opção, inédita neste tipo de veículo. Fazia sucesso nas
estações de inverno e entre esquiadores. Chegou a ser testada, mas não
produzida, uma versão biturbo com motor V6 — o eficiente PRV que já
equipava desde a década de 1970 modelos Volvo, Peugeot e Renault — e
cerca de 300 cv.
Em 1990 era lançada a versão 2000-1 Connolly. Esta marca famosa de
fabricação de couros, há muito presente na linha Rolls-Royce, agora
equipava também os bancos aconchegantes da Espace. Tinha ainda tapetes
mais refinados e era vendido apenas na cor cinza. Despedindo-se da
primeira fase de produção, havia a opção, exceto para a versão Quadra,
de suspensão traseira pneumática com corretor de altura.
A segunda
geração
O carro era um sucesso,
mas chegava a hora de mudar. Em 1991 era lançada a Espace de segunda
geração. A frente renovada tinha capô mais inclinado e aerodinâmico e
faróis trapezoidais em conjunto com as luzes de direção. Os retrovisores
saíam do capô e se integravam às portas. Ainda na frente, as colunas
estavam mais finas para melhor visibilidade. As lanternas traseiras
vinham maiores. Tinha agora 4,42 m de comprimento e o mesmo entreeixos.
Os painéis plásticos da carroceria eram feitos em SMC (Sheet Moulding
Compound), em que partículas de fibra-de-vidro moídas eram incorporadas,
formando uma massa cilíndrica; estas depois eram moldadas e prensadas a
quente. O acabamento externo estava muito melhor.
Boa novidade estava na motorização. A versão de topo de linha RXE
dispunha do motor PRV de seis cilindros em “V” e 2.849 cm³, com injeção
eletrônica, 153 cv e 22,9 m.kgf. A aceleração de 0 a 100 km/h era feita
em 10,3 s e a velocidade chegava a 195 km/h, valores extraordinários
levando-se em conta o tipo de veículo. Além da tradicional caixa de
cinco marchas, havia também a opção automática. Tanto na versão Quadra
quanto na RXE os freios eram a disco nas quatro rodas, com opção de
sistema antitravamento (ABS), e os pneus tinham a medida 195/65-15.
Também por dentro o acabamento havia melhorado. A Espace tinha novo
desenho de painel, volante e bancos.
Em 1996 atingia a marca de 500 mil unidades produzidas e passava à
terceira geração, com formas mais arredondadas. O interior trazia os
instrumentos em posição central e o motor agora vinha na transversal. A
concorrência andava forte. De uma parceria entre a Fiat e o grupo
Peugeot-Citroën vinham a Peugeot 806, a Citroën Evasion, a Fiat Ulysse e
a Lancia Zeta. Na Espanha a Mercedes-Benz lançava a Vito e em Portugal
eram feitas a Ford Galaxie, a Volkswagen Sharan e a Seat Alhambra,
também em cooperação entre as marcas.
Continua
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