Linhas retas   A segunda geração estreava em 1963 sob o código S50, como sedã quatro-portas e perua. As formas retilíneas, com capô e porta-malas à mesma altura dos pára-lamas, eram típicas da nova década, assim como o perfil mais baixo da carroceria. O motor 1,5 de 70 cv era o mesmo do modelo anterior, com escolha entre câmbio de três marchas (com alavanca na coluna de direção e banco dianteiro inteiriço) e de quatro marchas, no assoalho e com bancos individuais.

A segunda geração adotava o estilo sóbrio dos anos 60, com formas retilíneas; havia opção entre alavanca de câmbio na coluna e no assoalho

No ano seguinte era criada uma versão para competir em provas de turismo (leia boxe abaixo), com o motor de seis cilindros em linha, 1.988 cm³ e comando no cabeçote do Gloria S40. Como a carroceria não previa espaço para um motor tão comprido no sentido longitudinal, a distância entre eixos foi aumentada em 20 centímetros, todos à frente da cabine. Enquanto a versão de corridas dava trabalho ao Porsche 904 GTS, algumas unidades eram vendidas ao público com fins de homologação. O sucesso motivou a Prince a fazer uma série de maior volume, o que resultou no primeiro Skyline 2000 GT (código S54), com versões A e B.

A primeira usava um carburador e tinha 106 cv; a outra, 127 cv com três carburadores Weber 40, alta taxa de compressão, diferencial autobloqueante e câmbio de cinco marchas. As duas traziam freios dianteiros a disco. Por seu desempenho, começaram a construir a imagem de prestígio que o Skyline desfruta hoje. Na traseira, duas lanternas amplas e duas menores — todas circulares — inauguravam um estilo que acompanharia o modelo por quase 30 anos. Uma evolução do S50, o S57, era lançada em 1967 com o novo motor Nissan de 1.487 cm³, com comando no cabeçote e 88 cv, a maior potência nessa cilindrada no mercado japonês.

Com a frente 20 cm mais longa atrás das rodas, o 2000 GT de 1964 foi o primeiro Skyline com motor de seis cilindros, uma combinação que nasceu para as pistas

Embora ainda projetada pela Prince, a terceira geração (C10) chegava ao mercado em julho de 1968 já como um modelo Nissan. Estava mais atual no estilo, com linhas retas, perfil baixo e ampla área de vidros. O comprimento era de 4,40 m, com entreeixos de 2,64 m. A família voltava a contar com sedã, perua e, dois anos mais tarde,  um cupê hardtop. Essa série é conhecida como Hakosuka, em que hako significa caixa em japonês e suka é uma forma reduzida de Sukairain (Skyline no idioma local). Continua

Nas pistas
O Skyline tem uma trajetória de sucesso também em competições. O Campeonato Japonês de Carros de Turismo começou na década de 1960 e não demorou a ver brilhar o modelo da Prince.

Sua primeira versão de seis cilindros, a GT de 1964 (acima), deu trabalho ao Porsche 904 logo na primeira prova, o 2º Grande Prêmio do Japão. Com motor de 2,0 litros e potência de 165 cv a 6.800 rpm, preencheu a classificação final do segundo ao sexto lugar, grande feito para um carro derivado de sedã quatro-portas familiar, não um carro esporte específico para as pistas, como o vencedor 904.

Com a chegada do GT-R (acima), em 1969, a carreira ganhou força. O sedã venceu 33 provas em dois anos, feito que o cupê estendeu a 50 vitórias até o fim da temporada de 1972. Esse Nissan enfrentava nas pistas o Toyota 1600 GT5, o Isuzu Bellett GTR, os Mazdas Familia (R100) e Capella (RX-2) e até Porsches. Em 1971 a Mazda apresentava o RX-3, que se tornaria seu maior adversário.

Em 1979 surgia a Formula Silhouette (acima), da qual a Nissan também participou.

Com carenagem que formava imensos defletores, o carro de 1983 tinha motor de quatro cilindros, 2,1 litros e 570 cv a 7.600 rpm. A categoria deu lugar ao Grupo A, com três classes, em 1985.

Na geração R32, que trouxe de volta o GT-R, o Skyline tornou-se supremo nas pistas. A versão RS da série R31, que brigava na Divisão 3 do Grupo A com o Toyota Supra, venceu a temporada de 1986 com Aguri Suzuki e Takao Wada. Depois de dois anos em que a Ford ganhou com o Sierra RS 500, a Nissan voltou a brilhar com o R32 em 1989 com Masahiro Hasemi e Toshio Suzuki, que também venceram um ano depois. A hegemonia continuou com Masahiro Hasemi e Anders Olofsson em 1991, Hasemi e Hideo Fukuyama em 1992 e Masahiko Kageyama em 1993.

Diante de sua invencibilidade, a organização decidiu reformular o campeonato para 1993, em que o regulamento parecido com o do DTM alemão buscava maior competitividade entre as marcas. Havia agora duas classes, GT300 e GT500, esta a adequada ao Skyline. O efeito não foi imediato: por dois anos o Nissan ainda foi campeão em Pilotos e em Construtores.

No total, a geração R33 faturou sete títulos nos seis anos em que competiu, de 1993 a 1998. Com a série R34 (fotos acima), foi campeão de pilotos em 1999 e 2003, à frente de competidores como Honda NS-X e Toyota Supra.

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