Ainda na primeira geração, uma renovação de estilo trouxe para-choques de plástico e luzes de direção nos cantos dianteiros em 1977

As opções de carroceria eram mantidas e havia versões com quatro faróis; motores a diesel e 1,6-litro com injeção chegavam pouco depois

 

As duas unidades disponíveis, as mesmas do Audi, tinham comando de válvulas no cabeçote: a de 1,3 litro, com potência de 55 cv, e a de 1,5, com escolha entre 75 e 85 cv. A caixa de câmbio manual de quatro marchas logo poderia dar lugar à automática de três. Em janeiro do ano seguinte a linha crescia com a perua Variant, fabricada apenas com cinco portas e que mantinha uma denominação já habitual na marca para esse tipo de veículo.

Nela, as lanternas traseiras verticais permitiam amplo vão de acesso ao espaçoso compartimento de bagagem. Para 1976, a novidade era o aumento do motor de 1,5 para 1,6 litro a fim de ganhar torque em baixa rotação, embora sem alterar a potência. Ao fim daquele ano a VW já havia fabricado um milhão de Passats.

Um êxito condizente com sua aprovação pela imprensa. A revista inglesa Car,  que colocou a versão de 1,3 litro lado a lado com Toyota Carina 1,6 e Triumph 1500 TC, reconheceu suas qualidades: "O Passat, com seu projeto dos anos 70, mostra as falhas dos outros dois em estabilidade. Ele pode dar a seu motorista plena satisfação, graças a seu comportamento esportivo, sua excelente aderência e ótimos freios. Pode ter um motor pequeno; contudo, ele desempenha muito bem. Alguns pensarão que ele é caro demais, mas após dirigi-lo por certa distância descobrirão que tem muito a oferecer nas áreas que contam".

Nos Estados Unidos, onde ganhava o nome Dasher (leia boxe abaixo), o modelo era recebido com euforia pela Popular Mechanics.  "O carro familiar do futuro está aqui. E sua economia de combustível não é a única razão. Essa economia é apenas um agradável resultado do projeto geral do Dasher — um projeto que merece altas notas para qualquer atributo importante em um carro de família", anunciava.

Entre essas qualidades estava, claro, a estabilidade: "Suas características em curva mal se distinguem daquelas do Audi Fox [80 na Europa], que nos impressionou tremendamente. A cabine é espaçosa e arejada. E o segredo de seu desempenho é a relação peso-potência. Os modestos 75 cv não moveriam bem nem um subcompacto como o Chevrolet Vega, mas, por causa de sua leveza, o Dasher tem excelente desempenho. O preço de US$ 3.600 faz dele um carro caro; no entanto, é o melhor modelo familiar que você pode comprar na faixa de US$ 3.500 a US$ 4.000".

Uma remodelação parcial com para-choques de plástico e luzes de direção nos cantos dos para-lamas rejuvenescia a linha Passat em 1977. Os faróis podiam ser dois retangulares ou quatro circulares e o interior passava por evoluções. Em março de 1978 aparecia o primeiro motor a diesel, de 1,5 litro e 50 cv, já usado pelo Golf. A versão GLi era apresentada em fevereiro de 1979 com injeção no motor 1,6. O marco de dois milhões de unidades era alcançado em abril de 1980.

Também como sedã   Depois de um ciclo de produção de oito anos, o Passat entrava na segunda geração (o tipo 32B) com a plataforma B2 em novembro de 1980. Oferecido como hatches de três e cinco portas — sempre com o vidro conjugado à tampa do porta-malas — e perua de cinco, lançados ao mesmo tempo, crescia de maneira considerável: comprimento de 4,43 m no hatch e 4,54 m na Variant, largura de 1,68 m, altura de 1,38 a 1,40 m, entre-eixos de 2,55 m. O mais leve pesava agora 940 kg.

Nos Estados Unidos

O Passat chegou aos Estados Unidos em 1974, sob o nome Dasher (acima), com as carrocerias de três e cinco portas e perua de cinco, todas com o mesmo motor de 1,5 litro e 75 cv. Dois anos mais tarde era adotado o 1,6 com injeção e 78 cv. O modelo 1978 ganhava quatro faróis retangulares, no lugar dos dois circulares, e para-choques envolventes de plástico, além de melhorias no acabamento. Em meio ao interesse dos compradores em economizar combustível, uma versão a diesel de 1,5 litro e apenas 48 cv era lançada no ano seguinte.

Ainda não foi com a segunda geração que estreou o nome Passat por lá: agora disponível como hatch de três portas (de curta duração), sedã e perua, o carro chamava-se Quantum ou Quantum Wagon (foto acima à direita). Ou seja, o nome da perua brasileira lá era aplicado também ao sedã e ao hatch.

Mais uma vez o visual era diferente do similar alemão, com para-choques mais salientes e quatro faróis retangulares e recuados, para atender às normas locais de resistência a impactos de baixa velocidade. O motor de cinco cilindros e 2,1 litros era a estrela da gama, oferecido também com tração integral, enquanto um quatro-cilindros de 1,7 litro era a opção básica. Ambos foram específicos daquele mercado.

Só no terceiro modelo (B3) o Passat assumia o nome europeu para os EUA. Introduzido como modelo 1990, ele oferecia o motor de 2,0 litros com 136 cv e (de 1993 em diante) o VR6 de 2,8 litros com 174 cv, ambos com câmbio manual ou automático. No último ano da série, 1994, apenas carros com o V6 foram vendidos. A linha 1995 trazia a reforma de estilo chamada B4, mantendo os motores citados. Um ano depois chegava o 1,9 turbodiesel com 90 cv.

O Passat 1998 levava aos norte-americanos a nova geração B5, oferecida com o motor 1,8 turbo de 150 cv e, mais tarde, com o V6 2,8 de 193 cv ou o 2,0 turbodiesel de 134 cv. As mudanças de estilo em 2001 vinham acompanhadas de aumento de potência do 1,8 turbo para 170 cv; um ano depois aparecia o W8 com seu 4,0-litros de 275 cv.

A geração B6 era lançada como modelo 2006, apenas com os motores 2,0 turbo e V6 3,6, este com tração dianteira ou integral. O quatro-cilindros, porém, tornava-se a única versão em 2009. O CC apareceu por lá com os mesmos dois motores, com o detalhe de que o V6 usava caixa automática — não a automatizada DSG da Europa e do Brasil. Enfim, em 2011 um Passat maior e de linhas próprias passou a ser fabricado nos EUA, como contado no texto principal. Agora, apenas o CC é o mesmo dos europeus.

Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade