A perua Variant era reformulada
junto do hatch, mas o sedã Santana só apareceria em 1982; no painel,
destaque para o rádio em posição alta |
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Com
estilo sóbrio, o carro ainda podia ser identificado com facilidade como
um Passat, apesar de mudanças como as lanternas traseiras verticais do
hatch — as mesmas da perua — e os faróis sempre retangulares. Algumas
versões traziam unidades de neblina entre as principais e a grade. Ampla
área envidraçada e para-brisa mais inclinado eram elementos típicos dos
anos 80, embora o desenho não demorasse a parecer antigo com o
surgimento de concorrentes mais arredondados, a exemplo do
Opel Ascona (Chevrolet
Monza no Brasil) e, sobretudo, do Ford
Sierra.
No interior mais espaçoso, chamava atenção a posição elevada do rádio,
bem mais acessível que no anterior. Uma ampla gama de motores foi
aplicada ao segundo Passat, com unidades a gasolina de 1,3, 1,5, 1,6,
1,8 e 2,0 litros de quatro cilindros; 1,9 litro de cinco cilindros em
linha; e ainda as 1,6 e 1,8 a diesel — a menor destas foi também
oferecida com turbo de 1982 em diante. Os motores de cinco cilindros, já
usados pela Audi, compartilhavam muitos componentes com as de quatro
cilindros. Pela primeira vez existia câmbio de cinco marchas como
opcional, enquanto o automático de três permanecia disponível.
A versão Formel E (fórmula E, de economia) vinha com a quinta marcha bem
longa e sistema de parada/partida automática
do motor para poupar combustível. Um sedã de três volumes e quatro
portas, o Santana, era apresentado em janeiro de 1982. Havia ficado no
passado a divisão de formatos entre VW e Audi, pela qual a primeira se
encarregaria de modelos de dois volumes, e a outra, pelos de três
volumes do mesmo segmento.
Na Car, o Passat CL foi confrontado ao Vauxhall Cavalier
(versão inglesa do Ascona) e ao Sierra, todos com motores de 1,6 litro.
O veredito não lhe foi animador: "Ele é bem-acabado e bem-construído
como sempre, mas tem o menor espaço interno, é o menos econômico e tem
menor estabilidade que o Cavalier. E carrega um pênalti de preço que,
nessa classe, é demais para pagar pela reputação da VW". Para a revista,
o Vauxhall mostrou-se a melhor opção.
Já a Autopista espanhola comparou o CL 1,8 ao
Renault 18 GTX e ao
Citroën BX 19 GT. Ao lado de atributos
como espaço no banco traseiro, comando de câmbio e nível de ruído, ele
mostrou desempenho comparável ao dos rivais, o menor consumo em cidade e
bom comportamento dinâmico. "Pelas cifras de consumo e as qualidades
estradeiras, o VW se situa como uma opção clara frente aos
competidores", concluiu a revista.
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