Bom resultado de Bertone: com
redesenho completo da carroceria, o estúdio deixou o cupê 780 bem mais
atraente que os demais modelos |
Havia ainda o de quatro cilindros e 2.383 cm³ a diesel, também
com turbo e fornecido pela Volkswagen, com 110 cv e 19,4 m.kgf. O câmbio
podia ser manual de cinco marchas ou automático com quatro, este
fabricado pela Toyota (uma unidade ZF seria usada anos depois), sempre
com tração traseira. O V6 de caixa manual chegava à velocidade máxima de
190 km/h; o V6 automático, a 185; o turbo a gasolina, a 205; e o
turbodiesel, a 170 — era então o carro de série mais veloz do mundo
movido a tal combustível.
Além do desempenho, o 760 impressionava pela estabilidade — apesar de
usar a tradicional suspensão traseira por eixo rígido, em um tempo em
que quase toda a concorrência estava com sistemas independentes. A Volvo
alegava que o antigo conceito era, à época, o único a manter a posição
vertical das rodas sob solicitações extremas. Um sistema automático de
nivelamento da traseira corrigia a altura de rodagem mesmo com carga
máxima. Os freios usavam discos nas quatro rodas e havia boas soluções
como o capô com abertura de até 90°, que permitia retirar o motor por
cima sem remover a peça.
Novas
opções
A família não demorou a
crescer. Em 1984 vinham o sedã 740, com o motor de quatro cilindros e
aspiração natural, e a perua 740/760, de
formas tão retilíneas quanto as do sedã. Nas versões 740 GL o motor de
2.316 cm³ usava carburador e fornecia 112 cv e 19,6 m.kgf, o bastante
para chegar a 175 km/h; o 740 GLE recebia injeção para entregar 129 cv e
ir a 180 km/h. Havia opção entre câmbio manual de quatro ou cinco
marchas e o automático.
O estande da Volvo no Salão de Genebra, Suíça de 1985 trazia uma
bem-vinda sucessão ao estranho cupê 262 C: o 780, um elegante
duas-portas desenhado pelo estúdio Bertone em Turim, na Itália. Embora
mantivesse o padrão retilíneo do sedã, conseguia agradar bem mais pelo
teto rebaixado e vidro traseiro mais inclinado. Na verdade, até o capô e
a tampa do porta-malas tinham perfil mais baixo para equilibrar o
conjunto.
Embora com o mesmo entreeixos do quatro-portas, o cupê era considerado
um 2+2 lugares pelo menor espaço no
banco traseiro. O motor 2,8 de 145 cv e 24 m.kgf era o único disponível,
mas no ano seguinte surgia a opção turbodiesel. Com a adição de
resfriador de ar, conseguia maior rendimento que no sedã: 127 cv e 25,5
m.kgf.
Continua
|