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Depois da fracassada versão de 1,0 litro, a VW apresentava o Polo Sedan, um sucessor do Classic que chegou a ser exportado para a Europa
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Os hatches Next (em vermelho) e Ouro e o sedã Evidence foram séries limitadas, com conteúdos adicionais, oferecidas entre 2003 e 2005

Por outro lado, os engates do câmbio eram muito leves e precisos e a suspensão trazia boa estabilidade. No mesmo ano a VW apresentou o Polo 1,0 16V, que pretendia aproveitar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI menor das versões de 1.000 cm³. Com 79 cv, era o mesmo motor do Gol com 3 cv a mais, o que o tornou o 1,0-litro mais potente do mercado. Se o desempenho em alta rotação não era dos piores (acelerava de 0 a 100 km/h em 13,5 s), a diferença de preço de apenas R$ 610 para a versão 1,6 não deixava dúvidas sobre qual era a melhor compra. A VW foi mesmo pega de surpresa, pois o lançamento ocorreu quase em simultâneo à redução do imposto que minimizou a vantagem de preço dos 1,0. Durou pouco.

De fora do segmento de sedãs pequenos com o fim da importação do Polo Classic, a VW criou uma versão similar do novo modelo, chamada simplesmente de Polo Sedan. Até as portas dianteiras era idêntico ao hatch, mas portas traseiras e teto assumiam um perfil mais suave que terminava em uma traseira alta e discreta. O desenho da VW brasileira caiu bem, em que pese a simplicidade exagerada das lanternas. Vinha com os propulsores 1,6 e 2,0 e chegou a ser exportado para a Europa, além de países ditos emergentes, mas não fez tanto sucesso por lá — os mercados europeus mais ricos preferem hatches a sedãs nesse segmento.

O Polo era um carro cheio de qualidades e inovações, como carroceria com soldas eletrônicas e aços de diferentes níveis de resistência, e por isso cobrou seu preço. O VW sempre foi um dos mais caros da categoria e nunca figurou com destaque no grupo dos mais vendidos. Com o passar do tempo o carro foi perdendo equipamentos, como a direção eletroidráulica, para tentar baixar o preço mediante redução de custos. Em 2003 aparecia a edição limitada Next, em comemoração aos 50 anos da VW no Brasil. Feita sobre o hatch 1,6, trazia rodas de alumínio de 15 pol e conjunto elétrico (vidros, travas e retrovisores) de série.

O ano também marcou a estréia do motor 1,6 flexível em combustível. Já modelo 2004, o Polo Total Flex entregava 103 cv e 14,5 m.kgf no uso com álcool. Outra modificação importante foi o segundo alongamento do câmbio, agora com as mesmas relações do irmão Fox, com o que o carro ficava mais agradável de dirigir em rodovias. A edição Ouro, também de 2004, também se restringia ao hatch 1,6 e celebrava os jogos olímpicos em Atenas, na Grécia. Os equipamentos eram similares aos da Next. Um ano mais tarde era anunciada a série Evidence para o Sedan 1,6. Tinha bancos e volante de couro, rodas de alumínio de 15 pol e bolsas infláveis frontais. Continua

Os conceitos

O Polo brasileiro serviu de base para algumas versões apresentadas em eventos ou no Salão do Automóvel, sem fins de produção. A RD (acima), do Salão de São Paulo de 2002, era um hatch de 1,6 litro em cor laranja e com aspecto esportivo: rodas de 17 pol, pneus 205/40, defletores dianteiro e traseiro, saias laterais, grade especial.

Por dentro ganhava revestimento dos bancos em couro, pedais esportivos, detalhes em alumínio, e sistema de áudio com toca-DVDs, amplificador e um subwoofer de 500 watts. No mesmo evento apareceu o Polo Sedan Exclusiv (abaixo à esquerda), em preto, baseado na versão 2,0 Highline. Ganhou interior em couro bege, apliques em madeira, rodas de 17 pol com pneus 215/40, frisos cromados nas laterais e nos para-choques e ponteira de escapamento dupla oval.

Em março de 2003, ao comemorar 50 anos de atividade no Brasil, a VW fez um evento na fábrica de São Bernardo do Campo, SP. A cerimônia oficial contou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que circularam a bordo de um Polo aberto (acima), a exemplo do que fizeram em 1959 o então presidente Juscelino Kubitschek e o governador Carvalho Pinto em um Fusca conversível. Construído a partir de um Polo Sedan Highline preto, com interior revestido em couro creme, o carro manteve as quatro portas, mas teve o banco traseiro e o tanque de combustível reposicionados para que Lula e Alckmin pudessem circular em pé, apoiados em uma barra colocada para esse fim.

Foto do RD: Fabrício Samahá

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