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Supra-sumo da esportividade

A trajetória do Toyota Supra, de uma versão do Celica
ao supercarro de 320 cv, que agora chega ao fim

Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A Toyota Motor Co. Ltd. (TMC) foi fundada em 1937 como uma evolução da Toyoda Automatic Loom Works. Seu primeiro carro saía no ano seguinte, o AA, baseado no Chrysler Airflow; a criação independente começou apenas em 1955 com o Crown. Em 1967, um ano após a introdução do Corolla, a marca via espaço para um modelo de alto desempenho e lançava o 2000 GT, construído para ela pela Yamaha, com motor de seis cilindros em linha e duplo comando, que chegou a ser usado em um filme de James Bond.

O primeiro Supra, em 1979, era uma variação do Celica liftback. Seu motor de seis cilindros e 110 cv foi o primeiro da marca com injeção. Na foto acima, um dos últimos modelos

Três anos depois aparecia o Celica. Em 1979 um esportivo mais longo, largo e potente era desenvolvido a partir de sua versão liftback: o Celica Supra. Sempre avançados, os japoneses combinavam tração traseira a suspensão independente nas quatro rodas (que também tinham freios a disco), criando um carro estável e muito agradável de dirigir rápido.

Além do estilo agressivo, com uma grade que lembrava o 2000 GT, seu seis-em-linha de 2,6 litros e 110 cv (20 cv a mais que no Celica GT) era o primeiro motor Toyota com injeção de combustível. Vnha acoplado a um câmbio manual ou automático, opções que se somariam, nos anos seguintes, a revestimento dos bancos em couro e controle automático do ar-condicionado. Um motor maior chegava em 1981, com 2,8 litros e comando de válvulas simples, além de nova transmissão automática de quatro marchas e opção de suspensão esportiva.

A primeira reestilização, em 1982, deu-lhe faróis escamoteáveis. O motor
2,8 com duplo comando o levava de 0 a 96 km/h em bons 8,6 s

No ano seguinte o carro era redesenhado, ganhava faróis escamoteáveis e aparecia em duas versões, L-type e Performance, diferenciadas na aparência apenas -- pára-lamas, rodas e pneus mais largos e interior mais esportivo nesta última. O motor 2,8 vinha com duplo comando de válvulas e atingia 145 cv, deixando eufóricos seus entusiastas. Acelerava de 0 a 96 km/h em 8,6 s. Dois anos depois o câmbio automático adotava controle eletrônico.

A independência do Supra ocorria no chamado modelo 1986 e meio, deixando de ser uma variação do Celica. Além da nova carroceria, trazia motor 3,0-litros de 200 cv, que no ano seguinte recebia turbocompressor e 30 cv adicionais. O carro já havia mais que dobrado a potência do primeiro modelo! Outra novidade em paralelo era o teto targa, opcional, em que a região acima dos passageiros podia ser removida para um ar de conversível.

À esquerda o interior de 1982, já repleto de itens de conforto. O modelo 1987, à direita, trazia motor turbo de 230 cv e teto targa

Com o Celica brigando entre os esportivos compactos, a Toyota havia decidido entrar no setor de supercarros, elevando o Supra -- no mercado americano, o mais importante para o tipo de veículo -- da classe do Camaro e Mustang para aquela do Corvette. Isso se refletia em desempenho elevado, mas também em preço crescente, o que limitaria as vendas. Continua

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