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A revolução do estilo esportivo

O ágil e interessante Fiat X 1/9, desenhado por Bertone,
foi o carro de motor central mais vendido do mundo

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

No final de 1971 o famoso e competente estúdio italiano Bertone apresentava ao publico três projetos avançadíssimos para a época: o Stratos, o Runabout e o Shake. Dos dois primeiros o Grupo Fiat aproveitou a idéia e o conceito, dando vida a carros de rua que também chegaram às pistas e fizeram sucesso (leia história do Lancia Stratos).

O Runabout era um exercício de estilo feito por Marcello Gandini (autor dos Lamborghinis Miura, Countach e Diablo), que trabalhava para Bertone, e usava mecânica Fiat. O que mais chamava a atenção eram os faróis acoplados à barra anticapotagem que ficava logo após os bancos dos dois ocupantes. Não tinha capota, o pára-brisa era muito baixo, a traseira curta e a frente longa, parecendo uma espada afiada. Daria origem a um esportivo de estilo ímpar.

A base para o X 1/9 foi o carro-conceito Runabout, desenhado por Marcello Gandini e apresentado por Bertone em 1971

Em novembro de 1972, no Salão de Turim, na Itália, era apresentado o Fiat X-1/9, ou noucento, como era chamado pelos habitantes da península. Muito moderno e bonito, era um esportivo diferente dos demais de sua classe, com linhas angulosas e que lembravam uma flecha.

A carroceria era em aço estampado, com duas portas, dois lugares e, atrás destes, um arco de proteção que fazia parte do reforço estrutural da carroceria. A capota era em fibra-de-vidro. Na frente, uma discreta grade na parte inferior do pára-choque, e abaixo deste um pequeno spoiler, dando agressividade e estabilidade. Os faróis eram escamoteáveis. Media 3,97 metros de comprimento e pesava 920 kg.

O motor, na posição central, à frente do eixo traseiro, era um quatro-cilindros transversal de 1.290 cm3 de cilindrada, 75 cv de potência a 6.000 rpm e 10,2 m.kgf de torque máximo, herdado da linha 128. Trazia comando de válvulas no cabeçote e carburador de corpo duplo; o radiador era posicionado na frente. Com ele o X 1/9 chegava a 170 km/h.

Um esportivo leve, compacto e divertido: o motor entreeixos de 1,3 litro e 75 cv levava o X 1/9 a 170 km/h e permitia bom desempenho nos trechos sinuosos

Era um carro divertido, atraente e muito original e avançado para a época. Foi o carro com motor central de maior produção no mundo. Por causa desta configuração tinha dois porta-malas. A estabilidade era muito boa por causa da ótima distribuição de peso; usava pneus 165/70 R 13.

Em 1974, a famosa preparadora Abarth apresentava uma versão para competição. O motor tinha 1,8 litro, duplo comando (bialbero), 16 válvulas e 200 cv a 7.600 rpm. Foi colocado para competir no Campeonato Europeu de Rali e se saiu muito bem. No ano seguinte, no Salão de Paris, outra famosa empresa italiana especializada em projetos distintos -- a Dallara -- apresentava o Icsunove. Continua

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Data de publicação deste artigo: 15/1/02

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