Best Cars Web Site Páginas da História

Em janeiro de 1967, com um V8 de 5,0 litros, chegava o modelo de designação Mk 3, apresentado no Racing Car Show. Nas provas européias, porém, não foi muito bem. Houve quebras em vários circuitos, a poucas horas do final. Na 1.000 Quilômetros de Nürburgring parou a sete voltas do término. Dos dois exemplares que foram para Le Mans, um quebrou na metade da maratona e o outro a três voltas do fim.

Nas versões Mk 2 e Mk 3 (acima), o motor Ford dava lugar aos Chevrolets de 6,0 e 5,0 litros

Entre 1965 e 1967, 100 modelos T70 foram construídos e usados por várias equipes famosas. Em 1968 a FIA, Federação Internacional do Automóvel, limitava os motores a 5,0 litros, o que contrariou muitos construtores. Foi usado então o V8 Chevrolet de 4.990 cm3, com taxa de compressão de 11:1 e potência de 430 cv. A caixa passou a ser uma Hewland de cinco marchas.

Este modelo era mais leve e por isso mais veloz. Mesmo em desvantagem, foi o segundo na 1.000 Quilômetros de Monza nesse ano. Em 1969 o T70 Mk3 ganhava a 24 Horas de Daytona. Também levou o troféu em Monza e na prova Gold Cup, na Inglaterra. No ano seguinte venceu em Magny-Cours, na França, quando já deixava sinais de sua breve aposentadoria.

Foi considerado o carro mais robusto das temporadas de 1968 e 1969. Passou por mãos de pilotos afamados como Jô Bonnier, Denis Hulme, Brian Redman e Chris Craft. Mas era pesado e por isso lento, frente à poderosa concorrência dos Ferraris e Porsches da época. Não teve êxito.

Nesta versão Spyder, aberta, pode-se ver o motor Ford V8 de 5,0 litros logo atrás do banco do piloto

Dois Lolas T70 competiram no Brasil, com Wilson Fittipaldi Jr. e Norman Casari. Fittipaldi, após a Copa Brasil de 1970, vendeu o seu para o piloto e construtor Antonio Carlos Avallone, e este para Marinho Antunes. Os dois T70 acabaram-se em incêndio. O de Casari, após bater com violência quando treinava para a 500 Quilômetros de 1971; o de Antunes, após capotar em frente aos boxes do autódromo de Interlagos num treino, em 1972.

O colunista Bob Sharp chegou a dirigir o T70 certa vez num treino. "Um carro muito rápido e ao mesmo tempo dócil", disse. No filme 24 Horas de Le Mans pode ser visto um modelo de cor amarela. Hoje o Lola T70 participa, na Europa, de corridas na categoria VHC (Veículos Históricos de Competição). Os exemplares são raros, mas os poucos que existem são muito admirados por sua trajetória nas pistas.

Como o original
O italiano Franco Sbarro, sediado na Suíça, tem uma empresa especializada em construção de réplicas e veículos especiais. Sua obra-prima na década de 70 era a cópia do BMW 328 produzido antes da Segunda Guerra Mundial. Eram muito bem construídos, com acabamento esmerado.

A pedido do "pai" da Lola, fez também uma versão de rua do T70 muito interessante, equipada com motores V8 de origem Chevrolet, Ford e até Ferrari. Os únicos defeitos apontados na época eram seu alto preço e o espaço limitado na cabine. Gente alta não entrava...

Carros do Passado - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados