O mais famoso cidadão
de Nova York

Produzido por 27 anos, o Checker Marathon é o carro
mais conhecido pelos passageiros na "Big Apple"

Uma das imagens mais marcantes de Nova York, junto de seus altos prédios, a Estátua da Liberdade, o Central Park e a miscigenação de raças, são seus táxis amarelos. Imortalizados nos filmes e seriados de várias décadas, não são esquecidos nos postais e fotografias das revistas de todo o mundo, seja em reportagens ou propagandas.

Tudo começou em 1922, na cidade de Kalamazoo, no estado de Michigan, ao norte dos EUA. Desde o início da fábrica, sua produção foi destinada quase que exclusivamente aos táxis. Interessante é que seu fundador e acionista principal, Morris Markin, era originário da Rússia. A razão social da empresa, Checker Cab Manufacturing Company, anos depois mudaria para Checker Motors Corporation.

O modelo Checker Marathon, lançado em 1955, permaneceu quase imutável durante quatro décadas. Por ser mais recente, é o que está mais na lembrança de todos. O sedã de três volumes, quatro portas e três vidros laterais ficou mais famoso na cor amarela e com a faixa lateral com quadrados em preto e branco. As portas traseiras se abriam num ângulo de quase 90 graus, para fácil acesso dos usuários, e o banco posterior acomodava muito bem três passageiros. Não havia briga de joelhos batendo uns nos outros.

Seu motor dianteiro de seis cilindros em linha, de origem Chevrolet, com comando de válvulas no bloco, tinha 142 cv brutos, cilindrada de 3.769 cm3 e taxa de compressão de 8,5:1. Era alimentado por um carburador Rochester. Havia opção de câmbio de três marchas manual ou automático, ambos com a alavanca na coluna de direção. O tanque tinha capacidade para 87 litros de gasolina e seu consumo urbano era de 6 km/l, típico dos automóveis daquele país na época.

As rodas de aro 15 pol calçavam pneus na medida 8,20 x 15. A suspensão dianteira tinha molas helicoidais, e a traseira, eixo rígido e molas semi-elíticas. Trazia muito conforto aos ocupantes com o tradicional molejo americano. Os freios eram a disco na frente e a tambor atrás.

A outra opção era um oito-cilindros em V de 198 cv e 5.733 cm3, alimentado por um carburador de corpo duplo, também Rochester, que chegava a 160 km/h. Mas estes carros não eram para correr e sim para "taxiar" com conforto, apreciando a metrópole americana. Circulavam em Manhattan com enormes painéis de propaganda perpendiculares na capota. A "árvore de Natal" (a luz com a inscrição táxi) no teto também chamava a atenção. Continua

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Data de publicação deste artigo: 2/7/02

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