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A sigla LH, de langheck ou cauda longa, identificava ete 907, com mais de 4,8 metros de comprimento e motor de oito cilindros e 3,0 litros

O chassi de aço, tubular, receberia dois tipos de carroceria, ambas fechadas: uma tipo cauda longa (langheck em alemão), para provas de longa duração e circuitos velozes, e outra com traseira curta (kurzheck), para provas de menor distância e circuitos onde a agilidade em curvas era fundamental. O primeiro foi batizado de 907 LH, e o segundo, 908 K. O LH tinha aerofólios traseiros que eram regulados pelo piloto.

Um novo motor foi feito para o carro. Tratava-se de um oito-cilindros boxer, também refrigerado a ar, com bloco e cabeçotes de alumínio, 2.997 cm3 de cilindrada, 350 cv a 8.500 rpm e câmbio de cinco marchas. Com chassi tubular de alumínio, a velocidade final do 907 LH era de 320 km/h.

O 908 K, de traseira curta, era a opção para circuitos em que a agilidade em curvas fechadas fosse fundamental. Com suas vitórias a Porsche foi campeã de 1968

Na estréia, o modelo LH venceu em Daytona nas mãos de Jo Siffert, Vic Elford, Rolf Stommelen, Hans Herrmann e Neerpash. Era comum, nesta época, pilotos de Fórmula 1 também participar de corridas do Campeonato de Marcas. Com o mesmo modelo, repetiu a dose em Sebring. Tirou 2°. e 3°. em Le Mans, sendo que Stommelen ficou com a melhor volta. Em Targa Florio, Nürburgring e Zeltweg o 908 K ganhou e a Porsche conquistou o campeonato de 1968.

Em 1969 outra versão chegava para aumentar a capacidade de vencer: a curta, 908/03 Spider. Nasceu por causa de outra nova regulamentação da FIA: os carros não tinham mais a obrigação de carregar o estepe! Uma outra opção de motor era o boxer de oito cilindros, 1.981 cm3, duplo comando, quatro válvulas por cilindro e 275 cv a 9.000 rpm. A alimentação era por injeção indireta mecânica Bosch.

O 908/03 Spider caracterizava-se pela altura mínima (apenas 71 cm) e peso reduzido, 630 kg. O motor de oito cilindros e somente 2,0 litros desenvolvia 275 cv

Tinha quatro freios a disco ventilados e pneus 4,75/10-13 na dianteira e 6,00/12-13 na traseira. A carroceria em fibra-de-vidro tinha 3,9 metros de comprimento e apenas 71 cm de altura. Pesava 630 kg e a velocidade máxima era de 255 km/h. Este e o modelo LH revezaram-se em vitórias em Brands Hatch, Monza, Spa, Nürburgring, Watkins Glen e novamente em Targa Florio. Seus pilotos eram Brian Redman, Siffert, Gerhard Mitter e Schutz. Nesse ano travou uma disputa histórica na chegada de Le Mans contra o Ford GT 40

O 908, já na quarta versão, continuou correndo e sua última vitória se deu em Nürburgring, nas mãos de Stommelen e Barth, em 1980. Até hoje participa de corridas de carros antigos. Seus maiores concorrentes, em toda a carreira, foram os Ferraris, Ford GT 40, Lola, Matra e Alfa Romeo. Entre 1959 e 1974, a empresa de Zuffenhausen venceu 10 vezes a prova de Targa Florio. 

A equipe Hollywood teve êxito com esta série de Porsches no Brasil. Os modelos 908/02, 907 e 910 enfrentavam concorrentes de renome

No Brasil os Porsches fizeram bonito na antiga equipe Hollywood. O 908/02 foi pilotado por Lian Duarte e Luís Pereira Bueno; o 910, por Chico Lameirão e Anísio Campos; e o 907, por Angi Munhoz. Disputavam provas nos autódromos de Tarumã, Interlagos, circuitos de rua e também em pistas argentinas, no campeonato sul-americano (SUDAM), enfrentando bólidos projetados pelo famoso e competente Orestes Berta. Lian, com o modelo Spider, ganhou o Campeonato Brasileiro de Viaturas Esporte em 1971. 

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