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Muito seguro, era bom de curvas, apesar do eixo traseiro rígido, muito comum à época. Os pneus radiais tinham a medida 165 SR 15 e pára-barros, tão apreciados no país, eram de série -- só que no norte da Europa tinham sua eficiência na neve. A suspensão usava molas helicoidais nas quatro rodas, para um rodar suave. Seus freios, de concepção avançada, eram a disco nas quatro rodas com servo-freio de série e duplo circuito, que mantinha boa parte da atuação mesmo no caso de falha hidráulica em um dos circuitos.

No raio X do 144, a concepção mecânica tradicional: motor longitudinal, tração traseira com eixo rígido. O requinte estava nos freios, já a disco nas quatro rodas com duplo circuito

Seguindo as linhas do projeto, os cinco passageiros viajavam confortavelmente e tinham ótima visão externa. Todos os modelos contavam com dois retrovisores externos. Os bancos eram confortáveis e anatômicos, o painel clássico, com o velocímetro retangular, assim como os marcadores de temperatura e nível do tanque. O volante de diâmetro adequado tinha dois raios e aro de buzina cromado. 

A perua, mais longa, tinha 4,64 metros de comprimento. O curioso é que o modelo Express, mais simples, vinha com teto mais alto e pequeno bagageiro acima da capota, fazendo as vezes de furgão. Parecia uma ambulância. Tanto esta como a com teto convencional tinham ótima área envidraçada. 

O confortável interior do 144 e o painel do 142 GT, ao lado, com volante esportivo

Em 1970 vinha a primeira reestilização. A grade estava um pouco maior, incorporava os faróis redondos e a parte de baixo era levemente curva. No retângulo central, o fundo era preto e o destaque ficava por conta do friso cromado diagonal que até hoje é símbolo da marca. Na moldura dos faróis, que tinham limpadores, uma lente funcionava como luzes de posição. Os novos pára-choques eram maiores, com protetores de borracha. Para o mercado americano ela quase dobrava de espessura...

Por dentro os bancos tinham o encosto de cabeça vazado. Fez escola na Volvo e mesmo aqueles que não conheciam bem o automóvel, por causa deste detalhe pouco convencional, o reconhecia a distância. Duas novas opções de acabamento estavam disponíveis, com rodas de alumínio, pneus mais largos, bancos em cores ousadas, painel mais equipado e moderno, com mostradores redondos, e cintos de segurança retráteis. 

A perua, com suas longas janelas laterais traseiras e corte posterior truncado, exibia um estilo que se tornaria marca registrada da Volvo em modelos subseqüentes

O novo motor, B20B, já contava com injeção de combustível, proveniente do irmão esportivo 1800, e ganhava potência. Passava a ter 120 cv e velocidade final de 175 km/h. A taxa de compressão era mais alta, 10:1, e o câmbio contava com overdrive de série. A versão GT ganhava novos faróis de longo alcance, volante esportivo de três raios e motor mais "nervoso". Devido a novas válvulas de maior diâmetro, coletores, cabeçote especial e dois carburadores Solex de corpo duplo, fazia de 0 a 100 km/h em 11 segundos e chegava a 185 km/h. 

Foram produzidas 1.205.000 unidades desse carro nórdico que fez muito sucesso em todo o mundo e, em 1974, cedia lugar à série 200, que também teria grande êxito e muita longevidade.

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