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As distinções ocorriam também no interior, claramente básico no conversível e um pouco mais luxuoso no cupê, incluindo simulações de madeira e sete módulos circulares de instrumentos distribuídos por uma faixa horizontal (no Spider eram seis mostradores agrupados em um painel compacto). O volante de três raios metálicos, o console alto e largo e a alavanca de câmbio elevada, bem à mão, eram elementos esportivos que dotavam os dois modelos.

O Dino cupê era desenhado e produzido pelo estúdio Bertone. Além de mais longo, tinha formas mais retas e interior mais luxuoso

O motor fornecido pela Ferrari era um compacto V6 a 65° com duplo comando de válvulas por cabeçote -- o primeiro com quatro comandos na Fiat -- e três carburadores Weber duplos. De início tinha bloco de alumínio, 1.987 cm3 de cilindrada, 160 cv de potência a 7.200 rpm e torque máximo de 16,6 m.kgf a 6.000 rpm. Em 1969 passava a vir com bloco de ferro fundido (mais resistente) e 2.418 cm3, como no Dino 246 GT.

A potência não crescia muito, passando a 180 cv a 6.600 rpm, mas o torque máximo chegava a 22 m.kgf a 4.600 rpm, regime bem mais baixo que melhorava sensivelmente o desempenho em baixa rotação, já que o motor 2,0 não negava sua origem de competição. O novo cupê acelerava de 0 a 100 km/h em 8,5 segundos e alcançava 210 km/h, contra 9 s e 200 km/h da versão anterior.

No interior do cupê de 2,4 litros, volante esportivo e apliques simulando madeira;
a nova suspensão traseira adotada em 1969 melhorou muito a estabilidade

Junto do motor mais potente vinha uma suspensão traseira independente emprestada do Fiat 130, com braço semi-arrastado e molas helicoidais, em vez do antiquado eixo rígido e feixe de molas semi-elíticas (que inclusive usava dois amortecedores por lado, abandonados na nova configuração). A dianteira permanecia independente com braços sobrepostos e também molas helicoidais.

O Dino já possuía freios a disco nas quatro rodas, mas os 2,4 ganhavam pinças Girling iguais às do Maserati Ghibli e DeTomaso Pantera, servo elétrico (não mais a vácuo) e pneus Michelin de 205 mm de seção, em vez de 185. A caixa manual ZF de cinco marchas, com tração traseira e diferencial autobloqueante, agora tinha a primeira marcha "embaixo" e as demais no "H" principal, configuração ideal para uso vigoroso, pela precisão nas trocas de quinta para quarta e vice-versa.

O carro-conceito Dino Aerodinamica: além desse projeto um tanto ousado, Pininfarina propôs dois cupês a partir do Spider, rejeitados pela Fiat

O Dino saiu de produção em 1972, com um total aproximado de 7.600 unidades, a maioria cupês (6.000) e com motor 2,0-litros (62% entre as duas carrocerias). Hoje são carros raros e apreciados pelos colecionadores. Aliás, a proposta de um F-2 da Ferrari com o tal motor V6 não teve grande êxito -- e teria caído em completo esquecimento, não fossem os carros esporte da grande e popular fábrica italiana que o aceleraram nas ruas e estradas.

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