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Outro protótipo de carro esporte era criado em 1951: o ZIS 112, um conversível de três lugares, seis metros de comprimento e linhas inspiradas no Buick Le Sabre do mesmo ano. Com motor V8 de 6,0 litros e dois carburadores (mais tarde quatro), tinha 182 cv e máxima de 204 km/h. Para uso em competições locais, o carro teve o comprimento e o peso reduzidos -- de início eram 2.450 kg! --, perdeu o teto rígido e passou a 192 cv.

O protótipo ZIS 112: três lugares, estilo inspirado no Buick LeSabre, motor V8 de 6,0 litros e quase 2,5 toneladas

Em 1956, com a morte de Stalin, ocorria nova mudança de nome: passava a ZIL, Zavod Imeni Lihacheva, fábrica de Lihachev, nome do diretor da empresa. Três anos depois vinha o primeiro modelo da nova fase: o ZIL 111, novamente copiado de carros americanos, com sete lugares, 6,14 metros de comprimento e motor V8 de 6,0 litros e 200 cv.

Na década seguinte surgia a segunda série do 111, com ar-condicionado para o banco traseiro, e uma versão conversível. Em 1963 era a vez do 111-G, com o motor passando a desenvolver 220 cv e estilo mais atualizado. Chegava a 170 km/h com consumo médio de 3,5 km/l. Como não poderia deixar de ser, oferecia versão conversível de quatro portas além da limusine de sete lugares.

A morte de Stalin levou à mudança da sigla ZIS para ZIL; o modelo 111, ao lado, tinha motor V8 de 200 cv e linhas de inspiração americana

Seguindo a evolução das tendências nos EUA, as limusines russas também ganhavam linhas retas nos modelos 114, 115 e 117, lançados entre 1967 e 1971. Com versões de cinco e sete lugares, utilizavam um V8 de 7,0 litros e quase 300 cv e ficaram em produção até 1985. Foram responsáveis por novidades na marca, como freios a disco, ignição eletrônica e trava central das portas. O 117 tinha entreeixos "curto", de 3,3 metros, e opção de capota removível.

Nesse ano, já nos tempos da Perestroika -- a fase de abertura da URSS --, a ZIL lançava os 4104.1 e 4104.7, números que identificavam as configurações de cinco e sete lugares. O V8 passava a imensos 7,7 litros, mantendo os 300 cv e ganhando muito em torque. Com base nessas limusines foram construídos uma perua para uso funerário e um conversível, que chegou a levar o então presidente Mikhail Gorbachev durante desfiles.

O atual ZIL 4104.7: sete lugares, 7,7 litros, 311 cv, 3,5 toneladas e ainda alimentado por carburador

Um novo modelo, o 4102, chegou a ser desenvolvido em 1988 mas não foi adiante, pelo corte de receita pelo governo. A ZIL acabou mantendo em linha o 4104.1 e o 4104.7, que ainda hoje utilizam carburadores no enorme motor de 7,7 litros e 311 cv, pesam 3.160 e 3.550 kg, na ordem, rodam menos de 5 km/l de gasolina e conservam as formas retilíneas de quase 20 anos atrás.

Vladimir Putin ainda utilizou um ZIL 4105.2, modelo blindado, mas parte do governo -- começando por Boris Yeltsin, que em 1992 adotou um Mercedes-Benz -- e os que agora podem ter bons automóveis na Rússia os trocaram por modelos ocidentais. Mesmo esquecidas pelos que um dia sonharam com elas, as limusines soviéticas serão sempre lembradas como um símbolo de imponência e requinte.

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