De resto era quase igual ao anterior, só que um pouco mais longo, com 4,8 metros de comprimento e pesando 1.600 kg. A distância entre eixos era de 2,68 m. Um 2+2 honesto, sendo que os passageiros de trás não sofriam como em outros desta categoria. O estilo era muito refinado e discreto, com frisos cromados em lugares adequados. Belas rodas de magnésio contavam com pneus Michelin 225/70 VR 15, apropriados para alta velocidade (até 240 km/h). E tinha quatro freios a disco.

Enquanto os bancos traseiros ofereciam conforto, o motor o levava de 0 a 100 km/h em 6,9 s

Debaixo do longo capô estava o enorme V8 da Chrysler, sendo que o radiador tinha capacidade de 22 litros e era "soprado" por dois ventiladores. Com taxa de compressão de 10:1, desenvolvia potência de 375 cv a 4.600 rpm. Uma usina de força americana a serviço de uma estrutura européia. O torque era de 66,4 m.kgf a 3.200 rpm. Contava com um comando de válvulas no bloco, válvulas no cabeçote e um carburador de corpo quádruplo.

Sua velocidade máxima era de 250 km/h, fazia de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e vencia os primeiros 1.000 metros em 26 segundos: fôlego suficiente para as ótimas, seguras e belas auto-estradas européias. O tanque de gasolina tinha capacidade para 120 litros, o que era razoável para um consumo da ordem de 5,5 km/l.



Compartilhando a frente do cupê, Monteverdi criou o 374/4, um longo e confortável sedã

O desempenho era compatível e até superior ao de vários GTs  ingleses, alemães, italianos e americanos. Seus concorrentes mais próximos eram o Jensen Interceptor (também com motorização Chrysler), o ISO Rivolta IR 300, o Maserati Mexico e o Ferrari 365 GT. Contudo, o construtor suíço prezava o conforto, quase inexistente em alguns concorrentes, e sua suspensão convencional não era adepta a estradas sinuosas. Tinha rodas independentes na dianteira, molas helicoidais e estabilizador. Atrás, eixo De Dion com amortecedores reguláveis.

Por dentro era muito refinado. O volante esportivo de três raios tinha boa empunhadura e o painel era completo, com instrumentos da marca Smiths. O que chamava atenção era a largura do console central, que abrigava um enorme ar-condicionado Westinghouse Thermo King. O modelo, que faria sucesso até hoje pelas belíssimas linhas e ótima mecânica, teve sua produção interrompida em 1976. Foram construídos apenas 300 exemplares.

Depois do cupê esporte Hai, concorrente do Lamborghini Miura, a marca suíça dedicou-se a transformações em utilitários

Peter Monteverdi continuou a fazer carros exclusivos. Com a mesma frente do 375 L nasceu um bonito sedã de quatro portas, o 374/4. Fez também o esportivo Hai, com motor traseiro e linhas muito arrojadas, que concorreria com o Lamborghini Miura.

Na década de 80 fez alterações na carroceria do Range Rover, tornando-o personalizado, criou o sedã Sierra a partir do Plymouth Volare, o Sahara a partir do jipe Internacional Scout  e vários outros modelos interessantes. Comprou a pouco expressiva equipe Onyx de Fórmula 1 e, a partir do ferramental, fez experiências com uma espécie de F-1 de dois lugares. Encerrou as atividades em 1992.

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