Como nos Rolls, Mercedes e Jaguar sedãs, a grade dianteira subdividida tinha desenho  tradicional e era sofisticada, bem trabalhada e chamava atenção. O emblema que ficava sobre esta e parte do capô era visto com admiração. O grupo ótico era formado por quatro faróis circulares. As três janelas laterais garantiam boa visibilidade.

O motor de seis cilindros e 4,25 litros, já com duplo comando, desenvolvia 164 cv, suficientes para deslocar as mais de duas toneladas com suavidade

Seu motor era um seis-cilindros em linha de 4.235 cm³ e desenvolvia 164 cv a 4.500 rpm. Com taxa de compressão de 8:1, torque máximo de 39 m.kgf a 3.750 rpm e alimentado por dois carburadores da marca SU, tinha duplo comando de válvulas, pouco usado na época. A motorização era a mesma do Jaguar 420 D. O câmbio automático, de série, tinha três marchas e tração traseira. O DS, que pesava 2.170 kg, tinha suspensão independente e freios a disco nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados, e servo-freio de série. Usava pneus 225-15 e calotas de desenho simples mas bonito.

Sua portas tinham  abertura muito ampla, assim como o porta-malas. Por dentro era luxuoso, elegante e muito requintado. O material empregado era de primeira linha. O painel, todo em madeira nobre, vinha farto em instrumentos e o volante de dois raios tinha aro cromado para a buzina. A cabine do motorista podia ser separada ou não do resto do compartimento.

Comandos nos apoios de braço, mesas de leitura, bar refrigerado, televisor: recursos para o conforto dos nobres proprietários

Nos bancos de trás, muito confortáveis e com revestimento de tecido de alta qualidade, os passageiros tinham à disposição comandos diversos nos apoios de braço, mesas de leitura, bar refrigerado e televisor. Não faltavam banquetas para os eventuais seguranças. Transportava com muita classe sete ocupantes. Em 1969 era lançada a versão Landaulet, que tinha muito charme por conta da abertura da capota de lona para os assentos traseiros. Outra, não muito desejada mas também imponente, era a versão funerária... com ampla área envidraçada, para os súditos verem seus monarcas a caminho do céu.

Em 1980 seu preço era 50% inferior ao de um Rolls Royce Silver Wraith II, o que o tornava extremamente atraente pois, em termos de luxo e conforto, o Daimler nada devia. Mesmo aos 20 anos de vida, em 1989, ainda representava 15% das vendas da Jaguar. Além do sucesso no Reino Unido, fazia também em toda a Europa entre embaixadas, consulados e realezas. Era usado regularmente por Sarah (Fergie), a Duquesa de York, pelo príncipe Charles, pela princesa Anne e pela princesa Margaret. Mas sempre foi o preferido da Rainha Mãe e o automóvel privilegiado pela família real.

Mesmo a "última viagem" dos monarcas era feita no DS 420, em uma versão funerária com grandes vidros para que os súditos pudessem fazer sua despedida

Foram produzidas 3.717 limusines DS 420 Vanden Plas durante os 25 anos de existência, com poucas alterações de estilo e de acabamento, como convém a um clássico. Sua fabricação foi encerrada em 1992. Na época havia o projeto de um Jaguar XJ limusine para o substituir, mas não foi adiante.

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