Um inglês de muitas faces

Irmão maior do Mini, o compacto MG 1100 teve cinco
outras versões, vendidas por diversos fabricantes

Texto: Francis Castaings - Fotos: divulgação

Quando alguém fala sobre os famosos carros ingleses da marca MG, logo vêm à cabeça os pequenos roadsters, ágeis e velozes. Mas a empresa também atuou em outros campos. O menor sedã esportivo britânico nasceu em 1962 de um projeto em conjunto com a Austin e a Morris. Era o mesmo carro com duas marcas, mas o acabamento interno e externo e a motorização os diferenciavam.

O projeto ADO (Austin Design Office) 16 nasceu da cabeça de Alec Issigonis, o mesmo criador do genial Mini. O novo carro, denominado MG 1100, mantinha as idéias do pequenino. Tratava-se de um hatch de cinco portas, com 3,73 metros de comprimento e peso de 840 kg. Tinha ótima área envidraçada. Compacto, logo caiu no gosto dos ingleses, pois não era pequeno quanto o Mini nem grande quanto a concorrência. Levava com conforto quatro passageiros. Fácil de estacionar, também era muito ágil no trânsito.

A grade dianteira era a diferença mais evidente entre o MG 1100 (no alto) e o Austin 1100 (ao lado), vistos aqui nas versões de três e cinco portas

Sua grade dianteira, dividida ao meio, era quase um trapézio invertido com frisos verticais ocupando parte da frente. No topo desta se destacava o símbolo famoso da MG. A carroceria elegante, dividida por um friso, podia receber pintura em duas cores, o que o tornava mais exclusivo. Por dentro o painel era muito simples e trazia por baixo um imenso porta-objetos, muito útil. O volante de boa empunhadura, tinha desenho simples e dois raios.

O motor dianteiro transversal, com quatro cilindros e 1.098 cm³, entregava potência de 55 cv a 5.500 rpm. As válvulas eram no cabeçote e o comando no bloco. Alimentado por dois carburadores SU semi-invertidos, resultava em velocidade máxima de 145 km/h. A tração era dianteira e o câmbio tinha quatro marchas, sendo que a primeira não era sincronizada.

Outra versão da linha, o Morris 1100, incluía a perua Traveller, à esquerda.
No anúncio, o destaque à suspensão hidroelástica: "flutue no fluido"

A suspensão de geometria trapezoidal era chamada de hidroelástica. Não utilizava amortecedores e sim elementos de borracha. As quatro rodas eram independentes e usavam pneus 5,50-12, conjunto que trazia ótima estabilidade ao compacto e conforto aos passageiros. Fazia curvas com um equilíbrio de dar inveja a muito automóvel de maior porte. Os freios, com comando hidráulico, eram a disco na frente, da marca Lockheed, e a tambor atrás. Continua

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Data de publicação: 1/6/04

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