Logo de cara o 550 se sagrou campeão em Nürburgring. Em seguida venceria a famosa 24 Horas de Le Mans, com o primeiro e segundo lugar de sua classe, uma de oito vitórias que lá teria até 1958. A mesma dupla de Spyders de Le Mans faturaria a temível Carrera Panamericana de 1954, prova mexicana que daria nome à tradicional versão Carrera do 356 e do 911. Hans Herrmann pilotava o carro nessa quinta e última edição da corrida. Ganhou em sua classe e chegou em terceiro no geral, atrás de carros de motores bem maiores. Na Mille Miglia, foi sexto no geral e primeiro em sua classe. |
O ator James Dean e o carro que ele ajudou a tornar famoso com seu acidente fatal |
Ernst Fuhrman foi
convocado em Stuttgart-Zuffenhausen, sede da empresa, para criar um
motor mais à altura do campeão. O resultado, apresentado ainda em
meados de 1953, foi o complexo motor de 1.498 cm³, dois carburadores
Solex e duplo comando de válvulas roletado, que produzia 110 cv a
7.800 rpm. Apesar de complicado, o propulsor não rendeu dores de
cabeça à Porsche mesmo em provas de longa duração. Era chamado na
Porsche de "tubarão no aquário", muito adequado. |
Desde o início o 550 Spyder mostrou-se um grande vencedor de corridas, como a Carrera Panamericana no México, onde este modelo correu e ganhou |
Por mais poderoso que o
550 Spyder fosse nas pistas, suas formas curvas, aerodinâmicas e nada
agressivas remetem ao universo infantil. O que mais colaborava para
isso eram os pára-lamas bojudos bem ressaltados, semelhantes às patas
de um animal agachado. Era a grande ironia e o charme do carro — tanto
desempenho de onde aparentemente pouco se espera. Um autêntico lobo em
pele de cordeiro. Mas o sucesso do carro não impedia que melhorias
fossem feitas e a prioridade era o motor. |
Quatro Spyders da equipe da Porsche passam pelo famoso portal da Dunlop na 24 Horas de Le Mans, prova em que o pequeno roadster acumulou oito vitórias |
A curta existência e a
raridade do roadster — somente 90 unidades dessa lenda foram
fabricadas até 1958 — fazem do modelo um excelente pretexto para
réplicas em todo o mundo, como é o caso do
Chamonix 550 Spyder nacional.
Um pouco de seu espírito está também no estilo do Boxster, que a
Porsche desenvolveu inspirada no Spyder dos anos 1950. Mas a diferença
fundamental entre ambos é que o Boxster foi criado para as ruas, sem o
voraz apetite por asfalto — e troféus — de seu antepassado. |
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