A alma do Gordon-Keeble GT era um V8 de 4,7 litros de Corvette, com potência bruta de 290 cv a 6.250 rpm e torque máximo de 49,7 m.kgf a 3.200 rpm. Isso levava o esportivo a 228 km/h e só 7,7 segundos eram necessários para que atingisse 96 km/h. O câmbio era manual de quatro marchas. A primeira impressão desse inglês de ascendência ítalo-americana foi excelente e rendeu interesse pelo mundo afora. A revista inglesa Autocar não poupou elogios: após testar o protótipo em duas ocasiões, com seis meses de intervalo, a publicação o declarava "o mais eletrizante carro" já testado por ela. |
Um dos últimos exemplares, o de número 96: com motor V8 de 5,3 litros do Corvette, desenvolvia 300 cv e tinha ótimo desempenho para a época |
Ainda em 1960 Gordon
levou o protótipo para Detroit, onde o GT foi oferecido para uma
avaliação por ninguém menos que Ed Cole, presidente da Chevrolet, e
Zora Arkus-Duntov, o homem que fez do Corvette um mito incontestável.
Mais uma vez, o Gordon-Keeble cumpria sua promessa de satisfazer os
adeptos de grandes carros esporte. Firmava-se ali o acordo de remessa
de mil unidades do motor de 327 pol³ (5,4 litros) e da caixa de câmbio
do Corvette, além de acesso integral à rede de distribuidores da marca
nos Estados Unidos. |
Projeto inglês, estilo italiano, potência americana, quatro lugares: a publicidade do GT A suspensão dianteira trazia rodas independentes, com braços
sobrepostos e molas helicoidais; a traseira usava o eixo De Dion e a
carga dos amortecedores podia ser ajustada pelo sistema SelectaRide.
Os pneus Avon Turbospeed mediam 6,70-15. Por dentro, quatro bancos
individuais e com aquecimento ofereciam conforto e um ar requintado.
Havia itens como volante ajustável em profundidade, controle elétrico
dos vidros e um painel bem-equipado, com largo console central. |
No interior, a receita clássica dos carros esporte -- volante de três raios com aro de madeira, largo console, muitos instrumentos -- combinada a um bom espaço para quatro pessoas |
Em maio, uma nova dupla
de sócios entrou no jogo. Harold Smith e Geoffrey West salvaram a
empresa da liquidação, mas tiveram grande dificuldade para reiniciar a
produção. Agora chamada de Keeble Cars Ltd., a nova companhia surgiu
em junho. A partir da unidade com chassi número 92, os carros passaram
a ser produzidos em Sholing com o nome IT (International Touring) no
lugar de GT. Num teste da inglesa Car and Car Conversions de
fevereiro de 1966, ele chegou a 96 km/h em seis segundos, um recorde
para a publicação. |
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