O Henry J era apresentado com o mote "O mais importante carro novo da América". Se não era o mais importante, era certamente o mais curioso. Ele vinha em duas versões de motor e acabamento, o Standard, de quatro cilindros, e o DeLuxe, de seis. Entre os mínimos detalhes externos que distinguiam as duas versões estavam as faixas brancas dos pneus no DeLuxe. Simplório como era, pelo menos um prêmio o Henry J recebeu: foi o Fashion Car of the Year, algo como o carro da moda daquele ano. |
Para amenizar a simplicidade do Henry J, uma versão mais luxuosa foi criada: o Corsair, lançado em 1952, mesmo ano em que surgia o estepe "Continental" do modelo Vagabond |
![]() |
Foram 38.500 unidades do quatro-cilindros de 2,2 litros (134 pol³)
vendidas no primeiro ano de produção e 43.400 do modelo mais potente,
de seis cilindros e 2,65 litros (161 pol³). Ambos os motores vinham da
Willys, tinham válvulas no bloco (cabeçote em "L") e taxa de
compressão de 7:1. O primeiro fazia 68 cv a 4.000 rpm e 15,7 m.kgf de
torque a 2.000 rpm; o segundo atingia 80 cv a 3.800 rpm e 17,2 m.kgf
também a 2.000 rpm (valores brutos). |
![]() |
As discretas aletas dos pára-lamas traseiros enfim serviam de base para as lanternas. O anúncio considera o Corsair "mais vantajoso hoje em todos os aspectos" |
Mesmo com todas as vantagens oferecidas, a estratégia da Sears falhou:
apenas 1.566 carros foram vendidos em 1952. Enquanto isso, a Kaiser
conseguiu chamar a atenção com uma solução bem mais simples. A versão
Vagabond (errante) vinha equipada com um estepe sobre o pára-choque
traseiro, como tornara famoso o
Lincoln Continental. Ele se rebatia para trás quando era preciso
abrir o porta-malas. Em março daquele ano as lanternas passavam a ser
instaladas nas barbatanas dos pára-lamas, finalmente dando utilidade a
elas. Era o Henry J Corsair, mais caro, que exibia também uma grade
frontal diferente. |
No interior do Corsair, o banco inteiriço e a alavanca de câmbio na coluna de direção, habituais na época; a versão de luxo trazia um porta-luvas, inexistente no Henry J |
![]() |
Para 1953 o Henry J ganhava novo ornamento de capô, carburador
Penny-Minder, molas traseiras Synchro-Flex e outras discretas
melhorias. A fábrica produziu 16.672 unidades nesse ano, vendidos por
1.399 dólares na versão de quatro cilindros e 1.561 dólares na de
seis, preços altos para um compacto. Os que não encontraram um dono
foram comercializados no ano seguinte como modelos 1954. Com tão pouco
tempo de vida, era o fim da linha para o Henry J. A Kaiser comprara a
Willys-Overland, que já tinha o Aero,
também considerado pequeno nos Estados Unidos e mais tarde feito no
Brasil. |
Carros do Passado - Página principal - Escreva-nos © Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados - Política de privacidade |