Com 2,62 metros de comprimento e 1,83 m de entreeixos, tinha todo o
jeito de um brinquedo, em especial por seus dois pequenos faróis e a
alta capota rebatível de lona. Seu nítido capô e seu pára-brisa o
diferenciavam das carroças motorizadas de poucos anos antes, como o
próprio Tipo 69. Possuía uma única porta, do lado esquerdo, onde
ficava o passageiro. Sobre o
radiador, o nome Peugeot com sua tipologia que parecia dizer
Geugeot. O Bébé custava quatro mil francos, sendo que o salário
médio no país era de 297 francos. Ainda assim, era um preço baixo o
suficiente para ser o destaque de sua campanha publicitária.
Considerando um médico que se deslocasse 40 quilômetros diariamente, a
brochura do Peugeot enfatizava que ele podia substituir dois cavalos
pelo preço de um. A estratégia de marketing não fazia alusão à
potência do carrinho, que chegava a 10 cv a 2.000 rpm. O Bébé trazia
um quatro-cilindros em linha de 855 cm³ com válvulas laterais, 55 mm
de diâmetro e 90 mm de curso, carburador Claudel simples e
refrigeração a água. A lubrificação era por um sistema de gotejamento
por gravidade. Era o bastante para levá-lo a 60 km/h.
O BP1 tinha tração traseira e câmbio manual de duas marchas, mas em
1914 o B3P1 já oferecia a terceira. A suspensão do Bébé consistia em
eixos rígidos, tanto na frente quanto atrás. A dianteira vinha com
mola semi-elíptica e a traseira com feixe com molas quarto-elípticas
reversas, esquema usado pela primeira vez num projeto de Bugatti. Os
freios eram tambores instalados apenas nas rodas posteriores.
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