Em 1954 o sedã ficava mais forte, com motor de 2.266 cm³ e 87 cv a 4.800 rpm. Um ano depois, no Salão de Bruxelas, na Bélgica, a grande novidade da linha Aurelia era apresentada: o Spider B24 S. Embora apresentado como um carro-conceito — ou de sonho, como se chamava à época —, teve uma reduzida produção. Era construído nas linhas de montagem da Pinin Farina (o nome seria unido em uma só palavra mais tarde), mas o desenho, baseado no cupê, era obra de Martiengo. |
O B24 S nasceu como carro-conceito, mas ganhou uma produção em pequena série; o motor de 2,45 litros desenvolvia 118 cv |
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O
modelo Spider America, como foi denominado ao chegar ao mercado, tinha
cilindrada de 2.451 cm³ e potência de 118 cv a 5.300 rpm. Sua
velocidade máxima era de 180 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 11
segundos. Em um ano só foram produzidas 240 unidades. O pára-brisa era
panorâmico, não tinha maçanetas nas portas e os vidros laterais eram
removíveis. Um autêntico esportivo. Havia limitações, pois não tinha
capota nem como opcional. Sobre o capô, com desenho em "V", havia uma
pequena entrada de ar. Atrás, lanternas muito pequenas, pára-choques
divididos e saída dupla de escapamento nada humildes. |
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Com a versão "civilizada" B24, ficava mais cômodo usar o belo conversível: agora havia capota, vidros convencionais e maçanetas |
Por dentro era confortável para dois adultos. Interessante é que,
atrás dos bancos individuais reclináveis, havia um bom espaço para
pequenas bagagens. E o porta-malas era de bom tamanho para um
esportivo. O volante de boa pega tinha três raios de alumínio e aro de
madeira. No painel de metal, dois mostradores, velocímetro e
conta-giros, e vários botões. Tudo muito bem-acabado e elegante, como
era tradição da empresa. A alavanca no assoalho comandava as quatro
marchas, sendo que a primeira não era
sincronizada. A tração, como em todos os modelos, era traseira.
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Nas várias versões de carroceria e motorização, um atributo em comum: a paixão da Lancia por introduzir técnicas e soluções à frente da concorrência |
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A produção da linha Aurelia terminou em 1958. Vários construtores de carrocerias independentes usaram seu chassi para projetos especiais. Ao todo, desde 1950 foram produzidas 18.197 unidades, sendo apenas 761 modelos conversíveis — incluídos aí os 240 modelos America. Tanto um quanto outro são muito raros hoje. E desejados. |
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